Rocha diz que pode se recusar a assumir o governo na ausência de Gladson

Após a decisão do desembargador Francisco Djalma de remeter para o plenário a deliberação sobre o pedido de anulação das exonerações dos funcionários do vice-governador, Rocha anunciou que caso o pleno do TJ decida contra, vai comunicar aos órgãos de controle sua impossibilidade de assumir o governo na ausência do governador: “Não posso assumir porque boa parte da equipe do Gladson foi denunciada por mim por indícios  de irregularidades, corrupção e malversação de recursos públicos.  Como vou assumir e assinar qualquer ato administrativo dessa turma que denunciei, sem uma equipe para avaliar? Não tenho segurança. Prefiro não assumir para depois não responder processo por conta de uma situação que não fui eu que criei”.

Em entrevista ao jornalista Luciano Tavares do site Notícias da Hora, o ex-secretário de Saúde e atual  secretário Extraordinário de Assuntos Governamentais, Alyson Bestene, defendeu uma trégua atacando- disse que o vice-governador tem feito denúncias infundadas. Foi o suficiente para o vice-governador reagir.

Em sua página no Facebook, o Major Rocha respondeu: “Entendo a atitude desesperada do Secretário em tentar defender o governo Gladson, ainda que para isso tenha que negar a verdade...as denúncias que apresentei já renderam prisões e podem render mais. E desafiou: me responda Alyson, não houve superfaturamento na compra dos computadores?

Não houve desvio dos recursos destinados a merenda escolar?

Não houve superfaturamento das cestas básicas (sacolões) destinados aos alunos afetados pela pandemia?

Não houve a compra de quase 15 milhões em livros, de uma empresa de Manaus e durante a pandemia, livros esses que o governo poderia ter adquirido gratuitamente através do Governo Federal?

Não existem diversas obras que estão sendo feitas sem nenhum processo administrativo ou, em alguns casos esse processo só é fechado durante o curso da obra?

E o hospital de Cruzeiro do Sul, que está sendo investigado por indício de superfaturamento?

E as empresas de Manaus, essas que ganham muitas caronas e levam os parcos recursos do Acre para o Amazonas?

Agora apouco vi uma reportagem em que o Secretário Alysson Bestene classifica as denúncias que apresentei aos órgãos de controle como infundadas. Entendo a atitude desesperada do Secretário em tentar defender o governo Gladson, ainda que para isso tenha que negar a verdade. Dizem que o chefe do executivo, além de não cumprir promessas e acordos, não é dado a falar a verdade. Alysson, como Secretário de Cameli, se enquadra naquele ditado que fala que “filho de peixe…”.

O fato é que as denúncias que apresentei já renderam prisões e ainda podem render muito mais.

Agora me responda Alysson, meu amigo: não houve superfaturamento dos computadores? Não houve desvio dos recursos destinados a merenda escolar? Não houve superfaturamento das cestas básicas (sacolões) destinados aos alunos afetados pela pandemia? Não houve a compra de quase 15 milhões em livros, de uma empresa de Manaus e durante a pandemia, livros esses que o governo poderia ter adquirido gratuitamente através do Governo Federal?

Não existem diversas obras que estão sendo feitas sem nenhum processo administrativo ou, em alguns casos esse processo só é fechado durante o curso da obra? Não há algo de estranho nas centenas de caronas que o governo adere, como se a exceção fosse a licitação? E as empresas de Manaus, essas que ganham muitas caronas e levam os parcos recursos do Acre para o Amazonas? E a AVANCARD? E o hospital de Cruzeiro do Sul, que está sendo investigado por indício de superfaturamento?

Alysson, embora eu tenha algumas dúvidas com relação aos recursos que vieram do Governo Federal, mais de 1 bilhão de Reais, por ter me comprometido a não falar para não atrapalhar as investigações, deixarei de expor algumas coisas, ainda assim queria que você explicasse esse contrato com a MEDIAL.

Foto- O Juruá em Tempo