A decisão de fechar a estrada é conjunta e envolve o Comitê Pró-Ponte, a Câmara de Vereadores e o Executivo Municipal de Rodrigues Alves. Eles têm o apoio da população, que aderiu em massa ao movimento.
Foi com esse apoio popular que a estrada foi interditada às 5 horas desta quarta-feira (27), com o objetivo de chamar a atenção das autoridades estaduais e da bancada federal para o problema.
“O movimento e pacifico, estamos respeitando as necessidades essenciais, como pessoas que precisam de tratamento de saúde, mas decidimos só liberar a circulação de veículos depois que o governo do estado enviar alguém para dialogar conosco. Alguém com autoridade para assumir o compromisso”, disse a vereadora de Rodrigues Alves, Terezinha Fernandes (PCdoB).
Diretor-presidente do Deracre, se recusou a ir até o local
Os manifestantes afirmam que entraram em contato com o Diretor-presidente do Deracre, Petronio Antunes, mas ele recusou ir até o local. O contato foi feito via telefone. Antunes estava em Cruzeiro do Sul, retornando de Porto Walter, onde foi entregar o aeródromo, mas teria dito que “a obra é federal e não poderia se comprometer”.
Entretanto, em maio de 2019, o governador Gladson Cameli (PP), em reunião com a população de Rodrigues Alves, perguntou se os moradores queriam a construção da ponte ou um investimento de R$ 100 milhões no município. O povo escolheu a ponte.
No final do terceiro ano do mandato Cameli, os cidadãos de Rodrigues Alves estão sem os R$ 100 milhões, sem a ponte e sem perspectiva porque nada disso está no orçamento.
De Rodrigues Alves a Cruzeiro do Sul, atravessando o rio, a distância é de 10 km. Pela Ac 307, que desvia o rio, são 45 km. Inviavel para todos, com o preço dos combustíveis em idas e voltas diárias.
Vale ressaltar que o tráfego entre as duas cidades é intenso pelo fato de muitos moradores de Rodrigues Alves trabalharem ou estudarem em Cruzeiro do Sul e porque o comércio de Rodrigues Alves necessita da estrada para realizar negócios.
Ao evitarem a viagem de 45 km pela Ac 307, os cidadãos se submetem a uma espera de horas pela balsa que faz a travessia.
Em 2018, o então governador Tião Viana (PT) conseguiu um recurso de R$ 18 milhões para dar início a obra da ponte, entretanto o recurso foi bloqueado por Michel Temer (MDB), em seu mandato presidencial tampão.
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