Em assembleia geral extraordinária, os Policiais Penais aprovaram o indicativo de paralisação das atividades no sistema carcerário e  cumprimento a risca do POP Procedimento Operacional Padrão, que será adotado pelos 1.175 agentes da Polícia Penal do Acre.

Eles também decidiram acampar na Aleac, onde já se encontram outras categorias.

As  reivindicações Polícia Penal  incluem a isonomia com as demais Polícias do estado do Acre;  auxilio saúde, alimentação e transporte; novo PCCR. Eles pedem também um  reajuste de 20% ou o descongelamento da titulação.

Segundo os presidentes, do SINDAPEN (Sindicato dos Agentes Penitenciários),  Joelison Ramos e o da ASSPEN (Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário) Éden Azevedo,  a PM tem uma alíquota de desconto de Previdência Inferior e plano de saúde, para o PM e seus dependentes. A Polícia Civil tem um salário inicial de 5 mil reais e mais 1 mil reais de titulação, totalizando 6 mil reais inicial. Enquanto o salário inicial da Polícia Penal é de 4100, com o acréscimo de 200 reais para os com  nível superior (4300). O último concurso para policial penal aconteceu em 2007, há 15 anos, enquanto as outras Polícias, tiveram vários.

Os presidentes citam a OIT, (Organização Internacional do Trabalho), que afirma que a função de Polícia Penal, é a segunda mais nociva do mundo, ficando atrás apenas da profissão de mineiro: ” como se sabe no estado do Acre não existem minas, portanto a conclusão lógica é que a profissão de Policial Penal é a mais nociva do Acre”, esclarecem.

“Ao longo da criação do IAPEN, vários Agentes Penitenciários foram executados por desempenhar suas funções. Durante a pandemia o sistema prisional continuou trabalhando normalmente e 3 (três) Policiais Penais faleceram vítimas da COVID-19. É um verdadeiro absurdo uma Polícia que está no rol do artigo 144 da Constituição Federal, sofrer tamanha discrepância nos reajustes nos direitos”, reclamam.

Vulnerabilidade nos presídios

Na sexta-feira (25), de acordo com policiais penais, houve tentativa de fuga no pavilhão “D” para resgatar lideranças de uma facção criminosa. Com uma paralisação o sistema prisional composto por pelo menos 10 unidades prisionais pode entrar em colapso ainda nesta semana.