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O município de Jordão sofre com o isolamento geográfico, que se complica no período de verão, quando o nível das águas dos rios, baixa e dificulta a navegação. Só para se ter uma ideia, basta informar que de Jordão a Tarauacá, cidade mais próxima, de barco, leva-se entre 5 a 7 dias, no período do verão.
Como Jordão não tem ligação terrestre com o resto do estado a única opção é o transporte aéreo.
Ocorre que a empresa Ortiz, ganhou a licitação para fazer o transporte aéreo para o município, o que fez com que a empresa Rio Branco, que anteriormente prestava o serviço, retirasse suas aeronaves. No dia seguinte, a Ortiz aumentou o preço da passagem e restringiu os voos a um por semana. De Jordão para a capital Rio Branco, a passagem passou a custar 750 reais. Ida e volta 1.500 reais. O que significa que se alguém adoecer gravemente e precisar deslocar-se para Rio Branco teria que ter reservado todo o benefício de 4 meses para poder faze-lo.
O preço é considerado impraticável pela maioria da população, onde quase 70% dos moradores sobrevivem dos programas de transferência de renda do governo federal. Um benefício que não ultrapassa os 400 reais.
Com o aumento e levando-se em conta a promoção da Latam, é mais caro viajar para Jordão do que de Rio Branco a São Paulo ou para Brasília. Rio Branco/São Paulo em agosto custará 736 reais e Rio Branco/Brasília custará 625 reais no mês de novembro. Esses preços da promoção da Latam são com todas as taxas incluídas.
Os da Ortiz , para Jordão, cobra ainda o excedente de bagagem acima de 15 kg.
E alerta os passageiros para usarem dinheiro porque a máquina de cartão da empresa nem sempre funciona.
O vice-presidente do Sinteac de Jordão, Luís Meleiro, vai acionar o Ministério Público.
