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Instituto Ecumênico do Acre convida para ato em defesa da tolerância religiosa

O Instituto Ecumênico do Acre realiza neste sábado 21, um ato de Combate à Intolerância Religiosa e a favor da Cultura da Paz e da Democracia. O ato que será realizado no Lago do Amor, tem início previsto para às 8:30.

“Cada denominação religiosa, com certeza, estará presente, dando seu depoimento, seu testemunho e sua oração e, no final, receberá uma muda do IPÊ” afirma o padre Mássimo.

21 de janeiro é o dia nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi criada para alertar a população para o perigo da discriminação e do preconceito religioso e dar visibilidade à luta pelo respeito a todas as religiões. O dia foi escolhido porque marca a morte de Mãe Gilda que foi vítima de intolerância religiosa em 1999.

Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum, era Iyalorixá, morreu em um atentado que teve como alvo o terreiro de Candomblé, Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã em Salvador (BA). Em memória do trágico e evento e para evitar que essas práticas nefastas aconteçam, a data foi escolhida para combater a intolerância religiosa.

A tolerância religiosa garante um dos direitos fundamentais que é a liberdade de crença. Discriminar alguém por pensar ou agir de acordo com sua crença religiosa, ofender publicamente imagens e outros objetos de culto religioso, caracterizam violações a este direito. Com o objetivo de promover a tolerância religiosa são promovidos acesso à informação, discussões e debates, além da luta por políticas públicas que estimulem a tolerância e a liberdade. Vale ressaltar que somente um Estado Laico, pode resguardar o respeito e a igualdade entre toda e qualquer religião, sem privilegiar algumas ou depreciar outras. O Brasil é um Estado laico desde a proclamação da República em 1889, quando houve a separação formal entre Estado e Igreja Católica.

Mãe Gilda

A  ação de intolerância religiosa que vitimou Mãe Gilda foi praticada pela Igreja Universal do Reino de Deus .

A Iyalorixá era moradora e fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, Terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã, Salvador (BA), Mãe Gilda tinha uma vida discreta desde o ano de 1996 quando fundou o terreiro, iniciando sua prática religiosa naquele local.

A agressão

Mãe Gilda exercia suas práticas religiosas cotidianamente e sua Casa era freqüentada por adeptos moradores da comunidade, como também por aqueles oriundos até de outros estados.

A saga do Abassá de Ogum, hoje emplacada pela atual Iyalorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha consangüínea de Mãe Gilda, iniciou quando esta resolveu participar das manifestações públicas e populares pela reivindicação do impeachment do então presidente da república brasileira, Fernando Collor de Mello. A campanha ficou conhecida como o ‘Fora Collor’, na década de 1990, e contou com a participação ativa de milhares de cidadãos brasileiros em todo o território nacional contendo diversas expressões, das mais variadas vertentes populares e/ou governamentais, como forma de demonstrar a insatisfação com a situação e garantir a destituição do presidente. Tudo muito divulgado na imprensa, com ampla cobertura na mídia televisiva, escrita e nas demais formas de comunicação.

Entretanto, foi a forma de expressão da Mãe Gilda eleita pela Iurd para atacar o povo do Candomblé na sua crença e manifestação prática da sua religiosidade.

A revista Veja publicou matéria em 1992, em que aparecia uma foto de Mãe Gilda, trajada com roupas de sacerdotisa, tendo aos seus pés uma oferenda como forma de solicitar aos orixás que atendessem às súplicas daquele momento. A Iurd publicou essa fotografia no jornal Folha Universal, em outubro de 1999, associada a uma agressiva e comprometedora reportagem sobre charlatanismo, sob o título: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A matéria afirmava estar crescendo no País um “mercado de enganação”. Nesta reportagem, a foto da Mãe Gilda, aparece com uma tarja preta nos olhos. A publicação dessa foto marca o início de um doloroso, porém definidor processo de luta por justiça da família e de todos os religiosos do Candomblé. Leia Mais  Aqui

 

 

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