Os caminhos de Lula e Cameli
– Os Camelistas agora invocam a imagem do ex-presidente Lula para comparar com o cerco policial federal vivido pelo governador acreano, suspeito de ser o chefe de uma organização criminosa montada para desviar verbas públicas.
– Os casos de Lula e Cameli são bem opostos. Desde o começo, era evidente que o processo contra o petista era político, com o único objetivo de tirá-lo das eleições de 2018. Seu juiz era totalmente parcial e com ambiciosas pretensões políticas. Tanto assim virou ministro do inominável e, agora, é candidato a presidente.
– Antes da operação Ptolomeu, talvez raríssimos acreanos tinham ouvido falar na ministra Nancy Andrighi, do STJ, quem autorizou a PF a entrar na casa de Gladson Cameli, seus familiares e no Palácio Rio Branco. É também ela que pode decretar a prisão ou afastamento de Cameli do cargo de governador, a depender dos pedidos da PF e MPF.
– Não podemos dizer que a ministra tomará ou não essa decisão para disputar o governo do Acre em 2022. Ela é gaúcha e não tem a mínima pretensão eleitoral pelas terras do Aquiry.
Ao contrário do caso Lula, as provas contra Cameli são muito robustas, sólidas. No caso de Lula foi denunciado com base nas convicções dos procuradores da Lava Jato.
– Já contra Cameli são relatórios de inteligência financeira elaborados pelo Coaf apontando intensas movimentações suspeitas de dinheiro na conta de Cameli, incluindo milhares de reais em dinheiro vivo cuja origem não foi explicada pelo governador.
– Portanto, comparar Lula com Gladson Cameli é meio ilógico.
Um aviso aos Camelistas que agora invocam o outrora demonizado Lula: o petista ficou mais de 500 dias atrás das grades.
– Se um juiz parcial teve a capacidade de deixar um ex-presidente tanto tempo na cadeia, imagina o que uma ministra imparcial do STJ pode destinar a um governador do pobre Acre.
– Cuidado com as comparações para Cameli não ter o mesmo destino de Lula , e ver o sol nascer quadrado.
Foto- Poder 360