Clinica Telemed'AC - Consultas médicas com clínicos e especialistas sem sair de casa no Acre
Família brasileira é deportada dos Estados Unidos por causa de grupo do WhatsApp

Família brasileira é deportada dos Estados Unidos por causa de grupo do WhatsApp

Daniel Toledo, advogado que atua na área de Direito Internacional e sócio do LeeToledo PLLC, relata o caso de uma família brasileira que teve sua entrada nos Estados Unidos impedida e seus vistos de turismo cancelados. “Eles passaram 14 horas dentro do aeroporto, com uma série de restrições, muitas pessoas fazendo perguntas e uma pressão enorme. Receberam alguns papéis e foram obrigados a voltar ao Brasil, sem ao menos entender o que estava acontecendo”, revela.

A família chegou em Boston, em Massachusetts, dia 17 de abril. Saindo da aeronave, passaram pelo primeiro agente de imigração e não houve problema. Mas a situação foi diferente no segundo ponto de parada. “Os brasileiros declararam que ficariam no país por 22 dias e tinham, inclusive, reservado hotel e um carro para esse período. No entanto, a real intenção da família era viver nos Estados Unidos após esse período inicial, não retornando ao Brasil na data planejada”, declara Toledo.

A informação sobre os motivos da negativa na entrada pôde ser encontrada no Freedom of Information Act (FOIA) dos brasileiros. No documento, era relatado que a família mantinha um grupo de WhatsApp, em que diversos brasileiros que vivem em Boston relatam informações relacionadas a como viver de maneira ilegal nos Estados Unidos. As dicas iam desde compras no supermercado até a matrícula de crianças em escolas públicas. Tudo isso documentado, com provas e prints do grupo em questão.

A família, que possuía visto de turismo há anos e já havia visitado os Estados Unidos em outras ocasiões, não só foi deportada e teve seus vistos cancelados, como estão impedidos de realizar uma nova solicitação pelos próximos cinco anos.

Para o especialista em Direito Internacional, tentar se manter ilegalmente nos Estados Unidos não é válido frente aos potenciais riscos que esses imigrantes podem enfrentar. “Os agentes sabem de praticamente tudo. Não adianta ter um visto de turismo, chegar no país norte-americano e acreditar que vai poder ultrapassar os 6 meses de estadia. Existem pessoas que conseguem, claro. Mas em geral, é uma vasta minoria. Grande parte dos imigrantes que tentam essa abordagem são deportados e nunca mais tem a possibilidade de entrar no país”, relata.

Toledo acredita que a melhor alternativa é a criação de um plano de imigração robusto e que possibilite a aprovação de um visto de residência permanente no país. “Converse com um advogado de imigração. É a melhor maneira de conseguir um Green Card e a residência permanente nos Estados Unidos sem dores de cabeça”, finaliza.

Inscreva-se gratuitamente na Newsletter do Acre-In-Foco Notícias do Acre

Não perca nenhuma notícia do Acre! Inscreva-se na newsletter do Acre In Foco

Veja também

Pela primeira vez na história, membros da OAB no Cetran serão escolhidos a partir de inscrições públicas

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Acre (OAB/AC), tornou público o Edital …