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Haiti em polvorosa com blindados dos EUA e Canadá nas ruas

Haiti em polvorosa com blindados dos EUA e Canadá nas ruas

 

As intromissões dos Estados Unidos no Haiti, totalizam mais de 25 intervenções militares em 2 séculos, incluindo uma ocupação direta que durou 20 anos. Essas ações estrangeiras intensificaram o caos e a miséria no país caribenho. Existe ainda a informação de uma ligação da Fundação Clinton com o tráfico de crianças haitianas.

Semanas após o terremoto de 2010 que deixou 200 mil mortos e 300 mil feridos, 10 norte-americanos foram presos na fronteira do Haiti com a República Dominicana suspeitos de terem roubado ao menos 33 crianças haitianas como parte de uma rede de tráfico humano. O anúncio desse caso foi feito pelo então ministro de Assuntos Sociais e do Trabalho, Yves Christallin. Com os traficantes foram encontradas crianças com idade entre dois meses e 12 anos. Eles foram presos próximo da fronteira haitiana com a República Dominicana. Os suspeitos foram identificados como membros de um grupo chamado “New life children’s refuge” (refúgio para a nova vida das crianças). A Fundação Clinton é odiada no Haiti.

Na época 20 mil soldados norte-americanos estavam no Haiti. Oficialmente para uma operação de auxílio. Abaixo crianças haitianas em orfanato.

Haiti em polvorosa com blindados dos EUA e Canadá nas ruas

No domingo (16), os Estados Unidos e o Canadá enviaram lotes de veículos blindados para apoiar a polícia contra a população revoltada. Oficialmente a equipe deve enfrentar gangues que controlam há um mês o terminal de combustível mais importante da capital Porto Príncipe, dificultando a economia e o bombeamento de água potável para comunidades imersas em violentos protestos populares e um crescente surto de cólera.

Segundo um comunicado da Embaixada dos EUA em Porto Príncipe e as ministras do Canadá para Relações Exteriores e Defesa Nacional, Mélanie Joly e Anita Anand, consecutivamente; Antony Blinken e Lloyd Austin, Secretário de Estado, e de Defesa dos EUA, a chegada de equipamentos vai continuar até a próxima sexta-feira (21/10) com o “objetivo de apoiar a polícia local e “proteger” os cidadãos haitianos”.

Os haitianos estão nas ruas em protesto contra a intervenção militar internacional solicitada pelo primeiro-ministro Ariel Henry. A população exige a renúncia de Henry, considerado incapaz de resolver os problemas de inflação, insegurança e organização de eleições no país.

Em 8 de outubro, o governo haitiano autorizou a possibilidade de solicitar intervenção militar estrangeira para lidar com a crise humanitária no país. Segundo o documento, o objetivo da intervenção militar estrangeira seria deter, em todo o país caribenho, a crise “causada principalmente pela insegurança derivada da atuação das quadrilhas e gangues”. O pedido de assistência militar foi solicitado após semanas consecutivas de protestos no país, que se agravaram devido ao aumento dos preços e ao ressurgimento da violência nas ruas. A resolução sobre a intervenção militar gerou críticas entre organizações de direitos humanos e demais personalidades políticas, considerando que “a soberania do país caribenho está em jogo”.

Contexto da crise política e humanitária

De 2004 a 2017, as Nações Unidas implantaram equipes de Forças de Manutenção da Paz no país. O Brasil integrou a força militar estrangeira no Haiti na missão MINUSTAH 2004-2017. Os haitianos acusam o que chamaram de força de ocupação militar pela disseminação de doenças e abusos sexuais, inclusive estupros, contra a população local.

Em julho de 2021, o então presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro da própria casa. Desde então, o país enfrenta uma crise política na sequência de nomes que ocuparam o cargo de chefe de Governo do país.

Logo após a morte de Moïse, o primeiro-ministro vigente, Claude Joseph, assumiu o cargo, mas após duas semanas em governo, anunciou sua renúncia para que Ariel Henry, premiê indicado por Moïse pouco antes de sua morte, pudesse assumir a administração do país.

Desde então, Henry tem como responsabilidade convocar uma Constituinte e eleições, no entanto, não o realizou até o momento. Em janeiro deste ano, o Comitê Nacional de Transição do Haiti elegeu o economista Fritz Alphonse Jean como primeiro-ministro interino e Steven Benoit como presidente de transição do país. Porém, tais resultados não são reconhecidos pelo atual premiê.

Analistas afirmam que o Haiti é um exemplo clássico de um país destruído pela colonização.

Imagem- Atualidad RT

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