Após privatização, alto escalão aumenta os próprios salários em até 3.576%. Salário dos conselheiros da companhia passará de R$ 5.440,36 para R$ 200 mil
Os funcionários da Eletrobras protocolaram uma reclamação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acerca do reajuste salarial que os executivos de alto escalão da empresa se deram após a privatização. Em meio a prejuízos nos livros, os novos salários são até 3.576% mais altos.
O maior aumento se deu para os cargos de conselheiros de administração da empresa de energia, que passará de R$ 5.440,36 para R$ 200 mil. Já o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, terá um aumento de R$ 52.300 para R$ 300 mil mensais. A reclamação foi feita pela Associação dos Funcionários de Furnas, subsidiária da Eletrobras (ASEF).
Segundo os documentos, um aumento já havia sido decidido em assembleia em abril deste ano, mas não foi implementado. Por conta disso, uma nova assembleia geral extraordinária foi convocada para decidir ““aumentos salariais alarmantes aos diretores e aos conselheiros da companhia”, afirmou a entidade.
As novas quantias são retroativas até abril de 2022 e terão validade até março de 2023, quando deverá haver uma nova assembleia geral ordinária para decidir o salário do 1º escalão no novo momento. Ao todo serão gastos R$ 35,9 milhões com os pagamentos. O valor aprovado em abril previa um gasto de R$ 15,4 milhões.
O aumento se dá em meio à crise financeira na companhia devido a privatização. Para cortar custos, Eletrobras iniciou um Plano de Demissão Voluntária.
O aumento salarial se deu em um momento em que a empresa tenta enxugar gastos após apresentar prejuízos resultantes das obrigações assumidas na privatização. Dentre as medidas para redução de custos está um esforço para redução de pessoal através do lançamento de um Plano de Demissão Voluntária, voltado para funcionários aposentados e aposentáveis da companhia, que ainda deve se estender ainda a outros trabalhadores no próximo ano.
Fonte-Finanças Yahoo