A decisão de levar a maternidade para dentro do hospital é do governo do estado via Secretaria Estadual de Saúde, sob alegação que a maternidade necessita de adequações. As mulheres ocuparam a Câmara de Vereadores em protesto contra a mudança. O temor é o contágio de mães e crianças num local onde são internados doentes de todo o tipo.
O ex-vice-prefeito Chagas Batista (PCdoB), fez uma enquete no Facebook e das 60 respostas obtidas, apenas um comentário não se posicionou contra.
“A pergunta que não cala é: que obsessão é essa dos representantes do governo Gladson Cameli de levar a maternidade para o hospital? Vaidade? Birra contra o povo? Falta de sensibilidade humana? Desconhecimento da realidade? Seja qual for uma das interrogações, é uma tremenda falta de respeito ao povo de Tarauacá, em especial as mulheres da cidade, trabalhadoras rurais e indígenas. Quem tem muito dinheiro pode parir onde quiser. Rio Branco, Rio de Janeiro, São Paulo, ou Paris. Para o povo a realidade é bem diferente”, disse Batista.
A Maternidade de Tarauacá, construída na década de 1990, tem o nome de Ethel Muriel Gedis em homenagem à esposa do médico irlandês, Dr. Thomé, que trabalhou em Tarauacá como o único médico na década de 1970.
“O médico Jasone e sua esposa Francisca Cabral (In Memoriam) foram os principais entusiastas e realizadores da obra. Na época, as mulheres de Tarauacá desejavam o nascimento dos seus filhos em um lugar de paz, longe da correria das urgências e emergências do hospital. Se a maternidade hoje precisa de adequações, porque o governo não explica a população ? quando vai começar a obra, quando quando será concluída? Já foi ao menos licitada? O fato é que esse governo e seus representantes em Tarauacá não respeitam o povo. Meu repúdio às mentiras e falta de respeito desse governo com o povo de Tarauacá. Minha solidariedade e apoio às mulheres que estão hoje na Câmara de vereadores realizando seu manifesto contra esse delírio acintoso”, conclui Chagas Batista.
Foto Acre Agora