EUA jogam Juán Guaidó no lixo

Política, América Latina, Blog, Mundo, Últimas Notícias

O Governo dos Estados Unidos reconheceu Juán Guaidó como presidente da Venezuela em 2019 e o usou para atacar o governo da Venezuela durante anos. Guaidó, líder da oposição venezuelana, se autoproclamou presidente. Diversos países da área de influência dos EUA como o Brasil, a Argentina (antes de Alberto Fernandez), Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador entre outros também reconheceram a legitimidade da autoproclamação de Guaidó, assim como reconheceram Jeanine Áñez como presidente da Bolívia após o golpe. Como Guaidó, Áñez se autoproclamou presidente.

Maduro, que havia sido reeleito em 2018 para um segundo mandato entre 2019-2025, rompeu relações diplomáticas com Washington, após argumentar que o governo do então presidente Donald Trump (2017-2021) estava por trás da autoproclamação de Guaidó, ato que ele descreveu como intervencionismo.

Entretanto, em 2022, com a guerra da Ucrânia, ao sofrer a pressão de ficar sem o petróleo russo, os EUA enviou uma delegação diplomática para sentar e negociar com o legítimo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse Saúl Ortega, deputado e membro da Comissão de Política Externa do Parlamento.

“Eles nem levaram em conta Juan Guaidó, essa é a política real, que essa figura fictícia que causou tanto dano ao país nesta conjuntura não lhes serve mais. Eles o usaram e o jogaram no lixão, e eles têm que se entender com o único governo legal na Venezuela”, disse Ortega, membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Em 5 de março, Maduro recebeu uma delegação do governo Joe Biden no palácio presidencial em Caracas, com quem concordou em estabelecer uma agenda de interesse comum.

Apesar de Juán Guaidó ter sido ratificado como “encarregado da Presidência”, em janeiro deste ano, por uma fragmentada oposição venezuelana, foi com o presidente Nicolás Maduro que a delegação norte-americana negociou poucos dias atrás.

Jeanine Áñez, a também autoproclamada e reconhecida presidente da Bolívia, pelos EUA, permanece presa em La Paz.