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Colômbia, um país ocupado militarmente pelos EUA

Com mais de 50 bases militares, exército dos EUA atua diária e livremente na Colômbia

Segundo o pesquisador Renán Vega, agentes estadunidenses operam para intervir no país em termos econômicos, políticos, sociais e culturais.

Vega, que é professor da Universidade Pedagógica Nacional da Colômbia, afirma que há notícias de cerca de 50 unidades estadunidenses, de onde 200 a 300 militares, além de pessoal de 25 agências secretas dos EUA, encabeçadas pela CIA e pelo DEA, operam livremente para intervir no país “também em termos econômicos, políticos, sociais e culturais”.

“Tudo isso difundido como muito positivo pelos meios de comunicação”, alerta. Doutor em Estudos Políticos pela Universidade Paris VIII, mestre em História e bacharel em Economia pela Universidade Nacional, Renan Vega recorda que “nos últimos 25 anos, a Colômbia foi o terceiro principal país em investimento militar dos Estados Unidos”, tendo implementado “com seus manuais, a lógica contra insurgente e anticomunista, nos quais ensinam a torturar, matar e desaparecer” com opositores.

Ele aponta para a existência de duas realidades: uma que se faz pública e outra que é real, que é secreta.

A partir do Plano Colômbia os militares dos EUA se movem em território colombiano como se estivessem em sua própria casa, sem que seja necessário assinar acordos aprovados pelo Senado ou por distintas instâncias do Poder Executivo da Colômbia.

Alguns pesquisadores afirmam que, diariamente, pelo território colombiano se movem entre 200 e 300 militares dos EUA partindo da principal base que é a embaixada dos EUA.

“Existe uma quantidade de pactos secretos que não conhecemos e há aqui a presença de 25 agências secretas dos EUA em território colombiano, entre as quais, evidentemente, as mais conhecidas são a CIA (Central Intelligence Agency) e o DEA (Drug Enforcement Administration), mas há igualmente outra quantidade de agências que se movem aqui livremente sem nenhum tipo de denúncia, sem nenhum tipo de controle. Inclusive, em relação a isso, se apresenta uma imagem positiva pelos meios de informação que mostram essa presença como garantia de segurança no território colombiano. Leia Aqui

Entretanto segurança é item escasso na Colômbia. O deslocamento interno motivado pela violência no país, aumentou 181% de 2021 em relação a 2020. O movimento deixou 73 mil vítimas, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), órgão diretamente relacionado à ONU. Veja Aqui

A Colômbia é membro da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte na condição de “parceiro global” desde 2018, fato que associado à existência de bases militares e domínio dos EUA sobre o país, coloca em alerta estudiosos de geopolítica que apontam para a possibilidade do uso do país em alguma possível investida dos Estados Unidos sobre a Amazônia, conflito que sucederia a guerra dos EUA contra a Rússia, via Ucrânia.
A Colômbia é membro da aliança do Atlântico Norte, apesar de estar localizada no Atlântico Sul.

 

 

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