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Walter Delgatti teve um encontro com emissários do presidente Jair Bolsonaro para um acordo financeiro. Delgatti pode trabalhar no marketing da campanha de Bolsonaro e no grupo de apuração paralela da votação.
O vazamento do encontro do hacker com a deputada Carla Zambelli e com o presidente do PL, Waldemar da Costa Neto caiu como uma bomba. Delgatti havia declarado dias atrás voto em Lula e era idolatrado pela militância de Esquerda. Foram as provas colhidas por ele e repassadas ao jornalista Glenn Greenwald do The Intercept que possibilitaram a soltura de Lula (PT), da prisão. Foi a ação de Delgatti que desmascarou o ex-juiz Sérgio Moro e evidenciou o caráter político da Lava Jato. Se não fosse a interceptação das mensagens trocadas entre os membros da Lava Jato, por Delgatti, Lula ainda estaria preso.
Ultimamente Walter Delgatti vinha demonstrando mágoa com a Esquerda. Apesar do que fez, não recebeu contato de ninguém e nem um agradecimento de Lula. O filme O Amigo Secreto que mostra os bastidores da Lava Jato sequer o menciona. A esse respeito, Delgatti disse: “é como falar da Inconfidência Mineira sem citar Tiradentes”.
Desempregado desde a época em que apareceu como o hacker que invadiu as conversas de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e demais, ele vive no interior de São Paulo com a avó, sustentado pela aposentadoria dela. Ele foi selecionado para um emprego mas descartado na verificação de antecedentes pela participação no desmonte da Lava Jato. Tentou ser motorista de aplicativo mas não conseguiu porque está proibido de usar a internet. Além disso está sob ameaça de ser condenado a mais de 20 anos de prisão.
Recentemente ele mencionou que Bolsonaro por muito menos anistiou Daniel Silveira, mas a Esquerda convenientemente o esqueceu. Nem os advogados de Lula o citam.
O acordo financeiro de Delgatti com a equipe de Bolsonaro provocou intenso debate no Twitter. A Esquerda mais radical condena, outros entretanto apontam a necessidade de sobrevivência do agora ex-herói da Esquerda.
Foto- Poder 360
