As acusações contra Saul Klein partem de 14 garotas, que o denunciam por estupro, estupro de vulnerável e cárcere privado, entre outros crimes
Com base nas denúncias, O Ministério Público do Trabalho em São Paulo iniciou uma investigação em 2020 e após a apuração, entrou com uma ação civil pública contra o filho do fundador das Casas Bahia.
Segundo o procurador Gustavo Tenório Accioly, Klein fazia meninas reféns para estuprá-las. A ação contém fotos de Saul Klein em uma de suas festas rodeado de garotas. O procurador afirma que ficou comprovado pelas investigações que as garotas —com idades a partir de 16 anos e em situação de completa vulnerabilidade— tinham celulares confiscados, eram submetidas a restrições alimentares e cercadas de seguranças armados.
“As vítimas eram obrigadas a ver filmes de estupro, a fazer atividade física e procedimentos estéticos, tinham restrição alimentar, havia seguranças armados no local”, diz o procurador que detalha ações durante os estupros. Leia Aqui
Saul Klein atraía as meninas com promessas de torná-las modelos. Uma vez recrutadas, eram transportadas para outro local onde eram feitas reféns, para fins de exploração sexual, de trabalho escravo sexual.
Segundo Gustavo Accioly, este é um esquema montado para traficar, enganar e machucar as meninas.
“A Constituição de 1988 tem ojeriza pela cultura do estupro e exalta a dignidade sexual da mulher. É importante deixar claro que a cultura do estupro é considerada um importante pilar da dominação masculina, vinculado a construções de gênero e sexualidade no contexto de sistemas mais amplos de poder masculino e destacam o dano que o estupro faz às mulheres enquanto grupo”, argumenta Accioly, ainda no texto enviado pelo órgão à imprensa.
Foto- Folha Uol
Foto- Migalhas
Foto- Imprensa Regional
Imagem de capa- Web Rádio RO 16