O caso de poliomielite foi confirmado em Loreto, no Peru. Local distante 500 km da fronteira com o Acre. Imediatamente o Unicef iniciou uma campanha de conscientização da importância da vacinação contra a doença porque a partir de 2016, iniciaram-se as campanhas populares anti vacinas. No Brasil, a cobertura vacinal contra a poliomielite caiu de 98,3%, em 2015, para 70,2%, em 2021 e para 65% em 2022.
É necessário uma cobertura vacinal contra a poliomielite igual ou superior a 95% para efetivar a proteção. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O poliovírus, causador da poliomielite é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminados, contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes ou pelo contato direto com uma pessoa infectada.
A vacina é fundamental porque não existe tratamento para a doença que geralmente provoca consequências graves, como perda dos movimentos, dificuldade ao falar, alterações no crescimento, e até paralisia completa dos membros. Abaixo foto de crianças com sequelas da poliomielite. (mundo portugues)
A pólio existiu por milhares de anos como doença endêmica até os anos 1880. A partir desse ano grandes epidemias se espalharam pela Europa e Estados Unidos e permanece endêmica no Afeganistão e no Paquistão. Foi uma das doenças infantis mais temidas do século XX por ter causado deficiência física. Vale ressaltar que não há tratamento para a doença.
No Brasil, o governo federal estabeleceu um plano de controle da doença em 1971, centrada em campanhas de vacinação em massa.
Em 1986 foi criado o personagem Zé Gotinha para incentivar as crianças a aceitarem bem a vacina contra a pólio. Zé Gotinha é uma criação do artista plástico Darlan Rosa. Essas campanhas tiveram um resultado positivo e o último caso da doença foi registrado em 1989.
Como não existe tratamento específico para poliomielite, também conhecida como paralisia infantil é preciso destacar medidas preventivas, como: lavar sempre bem as mãos, ter cuidado com o preparo dos alimentos e beber água tratada. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a precária higiene pessoal são fatores que favorecem a transmissão do vírus. E principalmente vacinar todas as crianças de até 5 anos de idade.
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