Os policiais atenderam a convocação da presidência da Associação dos Militares do Acre e compareceram vestidos de preto, em sinal de luto.
Também levaram velas e cruzes para homenagear os 25 PMs mortos pela covid-19. A luz das velas, as cruzes e a música deram o toque solene em memória dos mortos na noite de 1º de abril.
Logo em seguida, os policiais deram voz à cobrança das promessas não cumpridas, das quais a Titulação encabeça a lista.
Mas também cobraram segurança jurídica no cumprimento e fiscalização dos Decretos governamentais. Recentemente o governador Gladson Cameli, praticamente desautorizou a polícia ao criticar a apreensão de uma moto de entregador que circulava em horário restrito e anunciou que iria ressarcir o motoboy. Mas o rapaz só conseguiu retirar a moto do pátio do Detran porque internautas fizeram uma campanha de doações em dinheiro.
Os militares afirmam que estão tão expostos ao contágio quanto os trabalhadores da Saúde.
A preocupação com os colegas que adoecem se soma ao temor de transmitir o vírus contraído em serviço para os familiares.
A esse temor se soma o estresse do combate ao crime, o que associado a falta de condições de trabalho desmotiva os policiais e aumenta a chance de doenças psicológicas: “Há tempos a gente está gritando ao governo que os militares precisam de auxílio, precisam de ajuda. Esse auxílio essa ajuda não se resume a questão financeira. Tem a valorização do policial militar, pois nós estamos há um ano juntos com os servidores da Saúde empenhados diuturnamente no combate da covid e também criminalidade”, disse o presidente da Associação dos Militares, Kalyl Morais.