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Sabá Manchinery denuncia que toyoteiros continuam retendo cartões de crédito e de Bolsa Família de indígenas

Sabá Manchinery denuncia que toyoteiros continuam retendo cartões de crédito e de Bolsa Família de indígenas

Sabá Manchinery enviou um documento à prefeitura de Assis Brasil,  Câmara Municipal, Sindicato dos Toyoteiros de Assis Brasil, ao Governo do Estado, FUNAI, SESAI e ao Ministério Público Federal, denunciando a exploração a que estão sujeitos os moradores da aldeia Icuriá.
Apesar da distância de apenas 75 Km de Assis Brasil, os indígenas são obrigados a pagar passagem de R$ 250. O frete para levar víveres, de Assis Brasil até a aldeia, ou transportar a produção até Assis Brasil não sai por menos de R$ 1.800. Só é aceito o pagamento à vista, ou entregar cartão de crédito ou cartão de Bolsa Família aos freteiros. O que torna a dívida interminável.
Segundo ele, a situação se arrasta há anos. Entra prefeito, sai prefeito, entra governo, sai governo, ninguém toma providências para evitar a exploração e humilhação dos indígenas.
“Só aumenta a insegurança, a fragilidade e o abuso. Mesmo vivendo no século XXI, mantém as práticas de exploração do passado”.
Sabá sugere que as autoridades estaduais e municipais estabeleçam e fiscalizem a cobrança de passagens e fretes a preços justos e principalmente que exijam a devolução de todos os cartões retidos.
Específicamente do prefeito Jerry Correia (PT), pede que resolva o problema de trafegabilidade do ramal de Assis Brasil até o Iaco.
“Estou ciente de que será mais um documento sem resposta e solução, e que servirá para ampliar o vocabulário de chato, intransigente, conflitivo…ou mesmo ameaçador aos interesse dos que lucram com  a fragilidade dos outros…mais não posso ser omisso e nem aceitar tanta injustiça cometida contra mim, meus familiares, meu povo, meus semelhantes”.
O líder Manchinery diz que seus antepassados cruzavam a floresta em caminhadas que duravam  meses  entre os rios Acre e Iaco, e que atualmente ele e seus filhos tem que manter a mesma prática, por falta de condições: ” meus avós e pais fizeram o mesmo, eu continuo e meus filhos também. Mas sei que isso não é digno e não quero que isso continue acontecendo”.
Sabá Haji Manchinery, é presidente da organização Manxinerine Ywptowaka
Foto- Contilnet
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