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Ascensão da Extrema-Direita no século XXI assombra o mundo

Ascensão da Extrema-Direita no século XXI assombra o mundo

 

Ascensão da Extrema-Direita no século XXI assombra o mundo
Ascensão da Extrema-Direita no século XXI assombra o mundo

 

Jose Antonio Kast, no Chile, Jair Bolsonaro no Brasil, Javier Milei na Argentina, Eric Zemmour na França, Andrzej Duda na Polônia, Giorgia Meloni naItália, o partido Vox da Espanha e o grupo União Blanca Republicana do Uruguai, têm em comum iniciativas polêmicas e pautas de costumes, dentre as quais o posicionamento em favor de criminalizar o aborto e ser contra a ideologia LGBT, associada à xenofobia.

Como prática comum, a disseminação de fake news, a admiração pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o combate ao “comunismo”.

No Chile, onde a populaçao viveu anos de dura ditadura militar de Direita, Kast, um admirador confesso de Jair Bolsonaro, avança na corrida presidencial. Ele é chamado de Bolsonaro chileno e propõe a construção de um fosso para controlar a imigração no norte do Chile. A eleição será em 21 de novembro.

Na Argentina, Javier Milei,  chamado de Bolsonaro argentino, com uma postura anti política, e uma retórica que classifica a maioria dos candidatos como corruptos e aproveitadores em busca dos próprios interesses além da agenda conservadora ligada à moral e aos bons costumes, foi o terceiro mais votado para vereador de Buenos Aires reduto da vice-presidente Cristina Kirchner.

No Uruguai, o grupo extremista de Direita, União  Blanca Republicana, se juntou ao Partido Nacional com o objetivo de “travar uma guerra cultural contra os tépidos e os progressistas”.  Um dos líderes do UBR, Ignacio Pou,  viralizou um documento adulterado que dava informações falsas sobre o controle dos votos a favor de um referendo de convocação parcial da Lei de Consideração Urgente. O UBR é contra a ideologia de gênero e diversidade sexual.

Na França, o jornalista Éric Zemmour que consegue ser mais radical que a extremista Marine Le Pen e ameaça a reeleição do direitista Emmanuel Macron. Zemmour é conhecido por suas declarações polêmicas em relação aos imigrantes e ao islã.

NaItália, Giorgia Meloni, crítica às restrições vinculadas à covid-19 e contra a chegada na Itália de migrantes procedentes do norte da África, está entre as primeiras posições para as próximas eleições que darão lugar, segundo os especialistas, ao Parlamento mais de direita desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela se apresenta como uma patriota que defende os valores cristãos tradicionais  ameaçados pelas elites “globalizadas” e pelos defensores dos direitos dos homossexuais.

Mas é a Espanha, país  que também viveu os horrores da ditadura de Direita do generalissimo Franco, que assume o projeto mais ambicioso- os líderes do partido de extrema-direita espanhol, Vox tentam criar uma plataforma de líderes conservadores na América Latina, Espanha e Portugal. O chamado Fórum de Madri é uma aliança internacional “para frear o avanço do comunismo no mundo”. Veja Aqui

O Vox da Espanha descende do franquismo – fascismo espanhol e a internacionalização da Extrema-Direita pretendida pelos espanhóis já tem aliados no México, onde o objetivo e fundar um Vox Mexicano. O movimento tem o apoio de 15 senadores e três congressistas dos tradicionais Partido Ação Nacional (PAN) e Partido Revolucionário Institucional (PRI).

Todos esses líderes de Extrema-Direita reverenciam Andrzej Duda, presidente da Polônia desde 2015, pelo fato dele ter conseguido a reeleição  em 2020. Duda já foi acusado de violar a Constituição Polonesa. Ele também  propôs uma emenda para proibir os casais LGBT de adotarem filhos. Talvez a única discordância com Duda seja o fato dele considerar a ideologia LGBT “mais nefasta que o comunismo”.

O presidente do partido Lei e Justiça, que integra a coalizão governista de apoio a Duda, Jarosław Kaczyński, explicou porque o governo polonês  é contra imigrantes: “eles carregam vários parasitas e protozoários e trazem doenças para a Europa”.

Em Nova York, pouco antes de seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro com Andrzej Duda.

Em um estudo, a pesquisadora Thais Barbosa Cantadori, do Observatório  Feminista de Relações Internacionais explica  que : “A ascensão da extrema-direita é uma realidade cada vez mais preocupante no sistema político global atual. Formada por ideais radicais, ultranacionalistas, ultraconservadores e discriminatórios, o espectro extremista tende a se aproveitar de momentos de instabilidade econômica em cenários políticos regionais para se vender como solução e se consolidar. Na Europa, outro fator que também deixa a conjuntura muito mais propícia para tal fortalecimento é a crescente chegada de imigrantes ilegais, que é vista como ameaçadora por uma grande parcela da população. Um exemplo do impacto desses elementos e a consequente ascensão da extrema-direita no continente foram as eleições presidenciais de 2017 em países como Alemanha, França e Holanda, nas quais os resultados expuseram o crescimento da base eleitoral dos partidos ultraconservadores.  Leia Aqui

Foto- Despues del Hipopotamo

 

 

 

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