O Secretário de Segurança, coronel Paulo Cezar, enviou um ofício ao presidente do Legislativo, Nicolau Junior (PP), contestando o pronunciamento do deputado Neném Almeida na sessão de terça-feira. Neném afirmou que em reunião com comerciantes de Cruzeiro do Sul, foi informado que os comerciantes precisam pagar taxas as facções criminosas para não serem assaltados. O parlamentar cobrou ainda a instalação de um 190 em Cruzeiro do Sul e relatou o caso de um funcionário que ligou para o 190 pedindo socorro durante um assalto e mandaram uma viatura para um bairro homônimo localizado na capital.
No documento enviado oficialmente ao presidente da Assembleia Legislativa, o Secretário de Segurança fala das “cifras inéditas” à disposição da pasta desde 2019; do aumento da frota de veículos para as forças de segurança; da reforma das delegacias e do aparelhamento da comunicação com “tecnologia de ponta”.
Sobre o problema exposto pelo deputado Neném Almeida, disse que a centralização das chamadas telefônicas do 190, e o que existe de mais eficaz nas cidades dos países mais desenvolvidos e que permite ao agente que recebe a chamada saber, “exatamente, de onde partiu a solicitação, o que garante a impossibilidade de erros quanto à localização, até mesmo de bairros homônimos, de cidades diferentes”.
Segundo o documento assinado pelo Secretário de Segurança, o fato de estar centralizado na capital não provoca atraso no atendimento, pois as redes de telefonia operam a partir da internet, o que determina que o tempo de atendimento e a resposta independa da distância.
Sobre a cobrança de taxa de proteção pelas facções criminosas, o Secretário afirma que :” após consulta nos mais diversos sistemas de controle das denúncias recebidas pelas Forças de Segurança, no âmbito do Estado do Acre, não se verificou qualquer fato dessa natureza, o que impõe a formalização, por parte do Deputado Neném Almeida, da referida denúncia”.
Foto G1