“O regimento interno aqui sou eu”, diz Nicolau em discussão com Neném Almeida

A discussão do presidente do Legislativo, Nicolau Júnior (PP) com o deputado Neném Almeida (Podemos), não foi ouvida por quem acompanhava a sessão da Assembleia Legislativa. O áudio também não vazou para quem acompanhava pelo YouTube. Foi o próprio Neném que se encarregou de dar a dica, ao usar a tribuna da casa, o que não passou despercebido aos mais atentos.

O parlamentar do Podemos não informou quem havia proferido a autoritária frase, trabalho transferido para quem acompanhou a discussão e contou os detalhes.

Neném vem sendo podado por ter se transformado num dos mais radicais opositores, apesar do partido dele integrar a base de sustentação do governo. “para conseguir falar nas sessões ele precisa chegar antes dos outros e se inscrever no pequeno expediente, porque o grande é reservado aos líderes”, afirmam.

Nesta quarta-feira (9), como Calegário não compareceu à sessão, o direito de fala foi dado ao deputado Chico Viga, que não faz críticas ao governo do estado. Neném então se inscreveu na explicação pessoal e cumpriu a promessa de repetir na tribuna a frase ouvida da boca do presidente.

De acordo com presentes no plenário a discussão iniciou porque Neném Almeida tentou fazer uma permuta com Roberto Duarte (MDB), ausente do plenário quando chegou a vez dele falar. O presidente teria impedido apesar de Neném já ter perdido seu direito de usar a tribuna em outras ocasiões por não estar no plenário e seu tempo ter sido permutado para outro deputado.  Quando  Neném questionou alegando que a permuta é usada rotineiramente, Nicolau Júnior teria respondido: “o Regimento Interno aqui sou eu”.

Ao que Neném respondeu: “pode ser, mas vou denunciar”.

Na sessão de terça-feira (8), o deputado lançou a candidatura do presidente do Podemos, Ney Amorim, dizendo que os dois principais candidatos são um picolé derretendo no deserto e  um avião que não decola porque carrega o peso do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), referindo-se a Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD), respectivamente.

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