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Coluna da Angélica- Vereadores barram investigação sobre contrato da FGB com bar de Sena Madureira

1-Jenilson no foco

A possibilidade de uma candidatura do médico e ex-deputado Jenilson Leite (PSB) à prefeitura da capital balançou a campanha. Os que por falta de opção iriam votar em Marcus Alexandre (MDB) se juntaram aos indecisos e lançaram a campanha “Vem Jenilson”. Para estes, a candidatura de Jenilson é uma opção mais objetiva para a Esquerda e Centro-Esquerda que a de Marcus Alexandre. O problema é que apesar da base desses partidos abraçarem a candidatura de Jenilson as lideranças insistem no apoio partidário a Marcus Alexandre. A dificuldade de uma nova aventura com candidatura solo é montar uma chapa competitiva de vereadores, o que faz diferença numa campanha. De qualquer maneira é preciso levar em conta que Jenilson viria com o apoio. Lula não tem ninguém do PT para apoiar em Rio Branco e Jenilson tem o vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministro da Justiça Flávio Dino, ambos do Partido dele, PSB. Duas grandes expressões políticas.  Se só a possibilidade já tocou fogo no parquinho, imagine se a candidatura de Jenilson a prefeito de Rio Branco se concretizar. Nunca se vota em “pessoas”. A “pessoa” é de um partido político. E este tem suas prioridades. Por isso é preciso analisar se os projetos do candidato se coadunam com o partido. Do lado em que o partido está, o candidato ficará.

2-Briga

Os grupos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO) estão se atacando nas redes sociais. Ao tentar evidenciar a diferença entre os dois, Zema disse que não tem parentes na máquina pública. A declaração foi feita durante a recente conferência do LIDE pelo governador que tenta pavimentar sua candidatura a presidente da República em 2026 e quer a união da Extrema-Direita e torno de seu nome.  Logo após o discurso, o ex-presidente apareceu ao vivo por vídeo e chamou o governador mineiro de ‘oportunista’. O ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten,  levou a confusão para as redes sociais. “Bacana esse papo de unir a direita, mas quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal “direita”. – não pergunta – não oferece ajuda – não articula – finge de morto Típico gafanhoto”, alfinetou Wajngarten. O deputado de São Paulo, Leo Siqueira endossou as críticas a Bolsonaro. Em resposta ao advogado de Jair Bolsonaro disse: ” Qualquer um que discordava das insanidades de vocês, vocês chamavam de esquerdista e queimavam a pessoa. Vocês foram o pior mal para a Direita do país, porque, graças a vocês, muitos acham hoje em dia que ser de Direita é ser contra a vacina, duvidar da urna eletrônica e esperar um chamado de mais 48horas do Bolsonaro…Vocês só sabem bajular o Deus Supremo de vocês”. Para os que torcem pela briga, a única diferença entre Zema e Bolsonaro é que um é mineiro e o outro paulista. Soraya Thronicke disse que Jair Bolsonaro não é conservador nem de Direita: “Dentro dele mora um ditador”

3-Contradição

O Saerb anuncia o corte do fornecimento de água para os inadimplentes. A prefeitura da capital  estuda decretar situação de emergência devido a situação da seca do Rio Acre. A Situação de Emergência é justificada para evitar que as famílias fiquem sem abastecimento. Pausa para o espanto. Situação de emergência e Estado de Calamidade permitem o acesso a recursos financeiros federais de forma facilitada, compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas. A contradição é óbvia. Decreta Situação de Emergência para não deixar faltar água, mas paralelo a isso corta o fornecimento. Da maneira que está colocado é o que parece. Situação de Emergência para não deixar faltar água só para os que estão com o pagamento em dia. Para os demais, bico seco. A vereadora Elzinha Mendonça (PSB) não descarta a possibilidade de acionar o Ministério Público caso a intenção de cortar o fornecimento de água dos inadimplentes se concretize. Tião Bocalom (PP), não precisa de adversários. Tropeça nas próprias pernas. Ou atos.

4- No cardápio

A contratação de um restaurante de Sena Madureira para prestar assessoria para a elaboração de trabalhos técnicos e prestação de contas na operacionalização da Lei Paulo Gustavo está causando o maior desgaste para administração Tião Bocalom. O Spetus Bar de Sena Madureira, segundo os artistas da capital, foi contratado com dispensa de licitação pela Fundação Garibaldi Brasil por 205 mil. É muito estranho um bar gerenciar uma lei de cultura. Normalmente este não é o tipo de serviço oferecido no cardápio de bares. A não ser que em Sena Madureira seja diferente. A micro empresa foi aberta em 17 de fevereiro de 2022. Há um ano e 7 meses. Como disse acima, Bocalom não precisa de adversário. Se tropeçar nas próprias pernas já é ruim, imagine isso numa pré-campanha adversa. Pois.

5-Amparo

O vereador Fábio Araújo (PDT), apresentou um requerimento pedindo informações sobra a contratação do bar para operacionalizar a aplicação da Lei Paulo Gustavo. O requerimento foi rejeitado pela quase totalidade dos vereadores. Apenas o autor Fábio Araújo e Elzinha Mendonça (PSB) votaram a favor. Dos 12 vereadores presentes, 10 votaram contra. Inclusive Raimundo Castro (PSDB) que é da Comissão de Cultura. Entre a lisura e a defesa incondicional da gestão, parece que os parlamentares municipais optaram pela segunda opção. O caso estava sendo mantido meio em segredo, mas olha só…vazou. Olhos atentos observam que se não houvesse nenhuma ilegalidade, não precisaria esse esforço todo para tentar evitar a investigação. Ficaram feios na foto, senhores vereadores. Abaixo o requerimento do vereador Fábio Araújo. O que foi rejeitado pela base do prefeito.

6-Compraram briga

A classe artística está indignada e disposta a ir até as últimas consequências e a vereadora Elzinha Mendonça  protocolou no TCE um pedido de suspensão do contrato da Fundação Garibaldi Brasil com o Spetus Bar até que tudo seja devidamente investigado. Alguém pode sair machucado desta história e não são os artistas. Nem os vereadores Fábio Araújo e Elzinha Mendonça. Abaixo o pedido de suspensão do contrato protocolado por Elzinha.

7-PEC da discórdia

A PEC 45  aprovada na Câmara dos Deputados amplia a isenção de impostos para entidades religiosas. A partir dela, quaisquer  organizações ligadas a igrejas também não vão pagar impostos. O pastor da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia já se prepara para entrar no ramo da Educação, transformando seu instituto de cursos livres em faculdade com cursos regulares nas áreas de como Pedagogia, Administração de Empresas, Psicologia e Direito, além de Teologia. Essa isenção total de impostos vai criar um problema com os outros empresários do ramo da Educação. Será uma competição fiscal desigual. A proposta original da PEC 45 é de autoria de Baleia Rossi (MDB) mas a emenda que concede isenção ampliada para todos os empreendimentos ligados a igrejas é de Aguinaldo Ribeiro (PP). Segundo ele, esta ampliação que permite que tudo o que seja ligado a igrejas não pague um centavo sequer de imposto foi um pedido da bancada evangélica. É dinheiro que vai faltar para a Saúde e Educação. Mas assim que foi aprovada em segundo turno, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad ligou para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) para parabenizá-lo pelo resultado. Seis dos 8 deputados federais do Acre, votaram a favor: Socorro Neri e Zezinho Barbary do PP; Antônia Lúcia e Roberto Duarte do Republicanos  e Eduardo Velloso e Meire Serafim do União.

Boa tarde, Secretário de Governo, Alysson Bestene (PP). É verdade que Vossa Excelência levou um padre para benzer seu local de trabalho? Afastar as energias negativas. Acho que precisa bem mais que reza para vencer a eleição né?

Esta é uma coluna de opinião e reflexão

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