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Atriz Brenn Souza inicia manifestação emocional, cantando uma toada amazônica e questionando a morte simbólica da floresta e sua cultura
O Festival Jovens do Futuro teve um início marcante este ano, com um protesto em frente à Biblioteca da Floresta, um símbolo do abandono que a natureza e a cultura acreana têm sofrido. O evento, que celebra a luta pela justiça climática, começou com uma performance poderosa da atriz Brenn Souza, que ecoou a preocupação local com o destino desse grande espaço, que é símbolo do legado acreano .
Enquanto estava diante da biblioteca, Brenn Souza levantou questões difíceis, perguntando a todos os presentes: “Quem matou a floresta? Quem matou a Biblioteca da Floresta? Quem deixou a Biblioteca da Floresta morrer?”. Suas palavras ressoaram como um eco do apelo pela preservação da maior floresta tropical do mundo e de seus símbolos.
A performance ganhou ainda mais profundidade quando Brenn Souza cantou uma toada do Boi Bumbá Garantido, um ícone da cultura amazônica. Os versos dramáticos, “A Amazônia está queimando, ai, ai, que dor! Ai, ai, que horror!”, ecoaram a tragédia das queimadas que têm devastado a região. “Lá se vai a saracura correndo dessa quentura e não vai mais voltar. Lá se vai a onça pintada fugindo dessa queimada e não vai mais voltar. Lá se vai a macacada junto com a passarada pra nunca mais voltar”, cantou Brenn.
O Festival Jovens do Futuro, que celebra a justiça climática e a preservação da sociobiodiversidade, está em sua quarta edição e neste ano trouxe as múltiplas linguagens artísticas para falar do legado de Chico Mendes. A manifestação em frente à Biblioteca da Floresta serviu como um lembrete poderoso de que a luta pela reabertura do espaço é muito importante para os jovens.
O evento seguiu com uma programação diversificada que inclui apresentações de artistas locais e nacionais, atividades educativas e culturais, e uma forte mensagem de esperança e ação em prol de um futuro mais sustentável para todos.
