A disputa pela direção do Sinteac se acirrou neste final de semana, evidenciando apoios estranhos às causas dos trabalhadores.
O governador Gladson Cameli teria interesse direto na reeleição de Rosana Nascimento. Seu adversário Manoel Lima, contaria com o apoio do ex-Secretário de Educação Mauro Jorge.
Enquanto um trio elétrico circulava pelas ruas da capital pedindo votos para Rosana Nascimento, os grupos de whatsapp dos professores ferviam durante este sábado, antevéspera da eleição.
Controlar o maior sindicato do estado significa poder, tanto para levar à reação, como para calar uma categoria que já mostrou que quando se une balança o governo. Por isso o interesse.
Os professores estão em greve desde o dia 13 de maio. A greve foi gestada dentro do Codepe (Conselho de Diretores), não no Sinteac, afirmam.
Áudios de professores reclamando de pressão da Secretaria de Educação para votarem em Rosana Nascimento, podem resultar num elevado número de abstenções.
Manoel Lima que já foi presidente tanto do Sinteac como da Cut, além do apoio do ex-Secretário de Educação, Mauro Sérgio, em cuja gestão foram registrados vários casos suspeitos de irregularidades, conta com o apoio dos partidos de Esquerda.
O senador Sérgio Petecão (PSD) entrou atravessado nesse barco. Professores de Epitaciolândia reclamam de pressão para votar em Rosana Nascimento, que seria a candidata de Gladson Cameli, mas a coordenadora de Educação naquele município é uma indicação de Petecão.
Nos quentes bastidores dessa disputa, existe a suspeita de uma ação direta de um assessor especial do governo, que teria intenção de filiar a atual presidenta ao partido dele após uma suposta reeleição, lançá-la candidata a deputada estadual em 2022. Em troca, Rosana Nascimento teria a missão de acalmar os ânimos da categoria em relação a greve.
A eleição acontece nesta segunda-feira (07).
Foto Ac24Horas