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Coluna da Angélica- Crônicas de um polêmico histriônico

1-Rápido

Mal soube da divergência interna no União Brasil do Acre, o governador Gladson Cameli (PP), abriu as portas do PP para abrigar os humilhados. Colocou um band aid na ferida profunda. O convite não foi sério nem levado a sério.  Gladson é assim, joga com todos. E ganha. Mas massageou os egos feridos. Afinal, segundo o setor informal de notícias, o senador Alan Rick (União), foi informado por um (a) repórter que estava acontecendo  a reunião no partido dele para oficializar o apoio a Tião Bocalom (PL). Chegou ao local esbaforido e só não teria repetido o episódio do aeroporto porque a imprensa estava presente, mas testemunhas oculares da tragédia garantem que teve dedo na cara e murros na mesa. Na sequência Alan abandonou o local com o nervosismo estampado na cara.  Ao contrário de Ulysses Araújo (União), que permaneceu no estacionamento em conversas dentro de caminhonetes.

2-…mas impensável

Apesar do oferecimento o PP não deve ser a tábua de salvação para os náufragos do União Brasil. É impensável juntar na mesma sigla  a vice-governadora Mailza Assis e Alan Rick. Ambos com intenção de concorrer ao governo do Acre em 2026 e com a mesma base eleitoral evangélica. A menos que dividissem o Acre em dois Estados. E separassem as igrejas. Por outro lado seria muito engraçado ver Alan & Ulysses no palanque de Marcus Alexandre (MDB), depois das bravatas contra a “Esquerda”. A história está ficando interessante.

3-Inferno astral

Alan Rick que navegou em águas tranquilas desde sua primeira eleição, vê agora seu barco ser jogado de um lado para outro em águas turbulentas.  Contabiliza derrotas. Foi humilhado em seu próprio partido e nem o Gérlen Diniz (PP), lhe dá bola.  Gérlen que havia prometido que discutiria com Alan Rick a indicação de seu vice na disputa pela prefeitura de Sena Madureira, escolheu um vice do MDB. Alan ficou sabendo da decisão de Gérlen pela imprensa. A exemplo do que aconteceu com a reunião do União Brasil. E deixou a esposa do fiel aliado de Alan, Jairo Cassiano, na mão. Para quem acredita, um astrólogo explicaria que é saturno retrógrado passando pela lua de Alan Rick.

4-Violenta

Por falar em Sena Madureira, o município tende a ter a eleição mais agressiva do estado. Pode se transformar em MMA. Truculento versus Bruto. O atual prefeito Mazinho Serafim (Podemos) e o deputado federal Gérlen Diniz (PP) que já protagonizaram barracos históricos na política do Acre, voltam a se enfrentar na eleição do próximo outubro. Gérlen candidato, enfrentará Alípio Gomes lançado por Mazinho. Eles usam as palavras, pilantra, corno, palhaço, covarde, analfabeto e demente para se referirem um ao outro. A agressividade já saiu do verbal para o físico. Durante a campanha de 2012, Gérlen então candidato a vice-prefeito foi acusado de esfregar uma pistola na cara de um eleitor da oposição. 10 anos depois, em 2022, quando Gérlen era deputado estadual junto com a esposa de Mazinho, Meyre Serafim, os dois protagonizaram um barraco na Assembleia Legislativa que acabou com Mazinho no hospital e Gérlen registrando uma notícia crime contra Mazinho. A confusão começou na sessão anterior quando Gérlen fez a esposa de Mazinho chorar em plenário. Os dois já haviam se enfrentado na campanha de 2020 quando Mazinho derrotou Gérlen por uma diferença de 13,26% .A belicosidade dos dois arqui-inimigos é tamanha que o jornalista Assem Neto, natural de Sena Madureira, publicou um texto taxando os dois de  “valentões estúpidos que envergonham os cidadãos de Sena Madureira” Veja Aqui

5-Família

Outra situação a ser observada é a possível reunião de Heitor Júnior (MDB) e Elzinha Mendonça (PP), no plenário da Câmara de Vereadores de Rio Branco. Os dois já foram casados. Elzinha entrou na política através do então marido, que se jactava de ter transferido os votos necessários para elegê-la vereadora. O casamento acabou e a lua de mel política foi para a cucuia. Heitor que dizia que Elzinha não tinha votos, não conseguiu se reeleger deputado estadual. A ex-esposa por sua vez, assumiu a vaga deixada por Adailton Cruz (PSB), na Câmara Municipal ao ser eleito deputado estadual. Espera-se que o ex-casal não leve para o plenário antigas mágoas, caso se elejam. Aguardemos.

6- Abraçados

O senador Sérgio Petecão (PSD) e o Secretário Estadual de Agricultura, Luís Tchê (PDT), parece terem sido acometidos do mesmo mal. Ambos priorizaram relações familiares. Petecão manteve a candidatura da esposa Marfisa Galvão. Tchê, a do filho. Os dois partidos em consequência dessas decisões, sofreram uma debandada. Os caciques vão sofrer as consequências. Marfisa é um nome forte. É vice-prefeita de Rio Branco. Tem chance real de ser eleita. Seria um equívoco deixá-la fora da disputa. Entretanto as decisões “monocromáticas”, do senador têm incomodado lideranças do PSD. E a consequência disto pode ser a perda dos dois deputados estaduais- Eduardo Ribeiro e Pablo Bregense. Ou o próprio comando do partido. 2026 está ali na esquina com uma eleição para o Senado e suas consequências aguardando.

7-All business

Sinto tirar a sua inocência mas o fato do ex-presidente Bolsonaro ter chamado Elon Musk de “mito da liberdade”, no encontro dos dois em maio de 2022, não o transforma o bilionário em lutador pela liberdade de expressão. Bolsonaro referia-se ao conceito de liberdade da Extrema Direita que é um eufemismo para o fim dos direitos dos trabalhadores. Não tem nada a ver com liberdade de expressão, democracia e similares. No tabuleiro do Mr Musk o que está presente são negociatas e interesses com a Amazônia no foco. E Terras Indígenas como alvo. A região é rica em minerais, inclusive com amplas reservas de níquel, componente fundamental na produção de baterias para veículos elétricos, que Musk produz. Elon Musk entrou na Amazônia com a sua internet, Starlink, operada através de satélites. E com a missão de monitorar a região. O que já era feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Olhos atentos observam que satélites também podem ser usados para mapear regiões de alta concentração de minerais. No governo Bolsonaro,  Musk fechou um acordo secreto com a Vale que explora níquel no projeto de Onça Puma, no Pará. Exploração que contaminou os rios do povo indígena Xikrin. Não por coincidência o banco estadunidense Morgan Stanley grande acionista da Vale está entre os bancos que deram a garantia bancária para Musk comprar o Twitter por 44 bilhões de dólares. O governo Bolsonaro também convidou Elon Musk a abrir uma fábrica de chips semicondutores no Brasil. Ora, desde 2008 o Brasil tem a estatal Ceitec (RS), única fábrica de semicondutores da América Latina. Ou seja, destruiu uma empresa de tecnologia de ponta,  uma das poucas do mundo capazes de produzir chips semicondutores com usos variados, que vão da saúde a passaportes, para favorecer a iniciativa privada. A Musk foi oferecida a possibilidade de lucrar bilhões fazendo o que a Ceitec fazia. Jair Bolsonaro também ofereceu a Zona Franca de Manaus para abrigar uma unidade da Tesla. Entramos com a bunda e Musk com a bota.

8- Soberania

Elon Musk criou a justificativa de luta pela liberdade de expressão para viabilizar suas negociatas parcialmente interrompidas pela saída Bolsonaro do poder. E atacou a soberania nacional ao desobedecer as leis brasileiras que regulam a internet no nosso país. Coisa que nenhum país aceita. Toda liberdade está sujeita às leis. No mundo todo. Na Europa o Twitter também é alvo de investigação por disseminação de ódio. A presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova considera o Twitter a plataforma com o maior nível de desinformação. Os Estados Unidos está tentando banir o Tik Tok porque é uma empresa chinesa. Na Alemanha o Street View é proibido porque a lei deles protege a privacidade. No Brasil, Elon Musk que é dono de uma rede social quer liberdade para controlar o alcance das mensagens da maneira que ele quiser, na hora que quiser, ajudando quem ele quiser e prejudicando os adversários de seus protegidos, do jeito que quiser. O que significa colocar a soberania do país em risco. É preciso parar de confundir olho de jacaré com peteca. Não precisa desenhar.

9-História

Elon Musk nasceu na África do Sul no auge do apartheid. O pai dele fez fortuna com uma mina ilegal de esmeraldas na Zâmbia. O avô materno de Elon foi um ferrenho defensor do regime de segregação racial no qual fez fortuna. Escrevia em jornais pró-apartheid e pregava que a África do Sul se tornaria o país líder da civilização branca no mundo. Como o avô, Elon Musk criticou a esquerda sul-africana por ” incitar um genocídio contra os brancos”. A polêmica com o Brasil não foi a primeira. Musk vive envolvido em polêmicas. Ele já desafiou Mark Zuckerberg, dono do Instagram e do Facebook, para um desafio de MMA. Chamou o presidente da Rússia, Vladimir Putin para uma “luta um contra um”, na qual o vencedor ficaria com o país invadido. Putin não deu a menor bola. Fomentou o golpe de Estado contra Evo Morales da Bolívia e declarou que dá golpe em que bem entender e os outros “que lutem”. Musk também foi acusado de assédio sexual, más condições de trabalho e discriminação. As atitudes tresloucadas do bilionário são atribuídas ao abuso do uso de drogas. De acordo com o Wall Street Journal, a Revista Veja e O Globo, dentre outros, Musk usa cocaína, ecstasy, LSD e cogumelos. O que é motivo de preocupação entre executivos e acionistas de suas empresas. No Brasil ele é defendido por parlamentares “patriotas” que fazem do combate ao tráfico de drogas suas bandeiras. E viva a contradição.

Bom dia, leitor. Vossa Excelência sabe o que era e como atuava a Guarnição Demolidor que operava com policiais militares em Rio Branco? Só para saber mesmo…

Coluna de opinião e reflexão

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