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Coluna da Angélica- PP numa sinuca: se optar por Bocalom terá que beijar a mão de Márcio Bittar

1-Casa da mãe Socorro

Clima tenso no PP. Fonte do partido afirma que os resultados das pesquisas, tanto a realizada para consumo interno feita antes da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quanto a da Big Data mostram que Alysson Bestene (PP), atolou nos 5%. Resultado que faz lideranças espicharem olhos lacrimejantes para Tião Bocalom (PL). Boca trocou de partido porque foi enxotado do PP. A avaliação tardia de boa parte dos dirigentes é que poderiam ter um candidato (Bocalom), com condições de chegar ao segundo turno, numa chapa pura com Alysson de vice. Daí a colocarem o fígado da presidente da Executiva Municipal do partido na bandeja é um pulinho. Socorro é responsabilizada por muitos pela saída de Bocalom por vingança. Bocalom venceu Socorro na eleição de 2020. Mesmo ela estando prefeita e contando com o apoio do governador Gladson Cameli (PP). Quem pensou que Bocalom fora do PP ficaria num beco sem saída e acabaria apoiando Alysson “pelo beiço”, quebrou a cara. O velhinho é tinhoso. Um Kamikase.

2-Olho no olho

A confusão deixou Gladson numa situação delicada. Por um lado vê a derrota iminente de Alysson, se decidir manter a candidatura. Por outro tem a estreita relação que os une. Informação dos bastidores garante que na última conversa entre os dois, o governador teria dito: “venha cá. Agora é só nós dois: você acha mesmo que tem tamanho para entrar nessa disputa?”. Não me contaram a resposta de Alysson. Mas mostra a preocupação de Gladson com a insistência. Socorro Néri é acusada nos corredores do PP de ser a principal incentivadora da candidatura de Alysson. Se insistir em manter a candidatura, Alysson que vinha sendo fritado em fogo brando vai pular da frigideira direto no fogo. Olhos atentos observam que ninguém rejeita leitão à pururuca mas queimado fica intragável.

3-Entre a cruz e caldeirinha

A situação não está para brincadeira. Para compor com Bocalom, o PP terá que beijar a mão de Márcio Bittar (União). E este recado já teria sido dado. De acordo com informações, a “sondagem” já aconteceu, com o envio de dois Secretários de Estado. Fontes garantem que houve a oferta de cargos no governo do Estado e até de auxílio do Deracre para asfaltar as Ruas do Povo que foram judicializadas. À todas as ofertas a resposta foi uma só: “se quiserem discutir vice vão discutir com o União Brasil”. Aceitar esta condição e se aliar a Bocalom só vai fortalecer Márcio Bittar e manter o PP no atoleiro. O chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni e o Secretário de Planejamento Ricardo Brandão foram vistos saindo da prefeitura recentemente. À noite. Oficialmente foram tratar de obras. Sem os Secretários de Obras. Se a deputada Socorro Néri é vingativa, a turma do Bocalom não fica atrás.  Entre eles a conversa é: enxotaram o Boca e agora querem indicar vice. E agora eles estão meio que por cima. Apesar de Marcus Alexandre (MDB), continuar na liderança e Tião Bocalom ser o campeão de rejeição. É  Lady Vingança versus Lord Represália. Aguardemos o resultado.

4-Volta atrás

Socorro Néri teria sentido a rejeição dentro de seu atual partido. Não sei se é verdade que foi obrigada a mudar a postura mas fato é que…mudou. Já andou declarando que não faz objeção a uma aliança com o prefeito. E uma tentativa de aproximação foi detectada. Nesta quarta-feira (10), fez questão de comparecer a uma agenda do prefeito na praça do Santa Cruz, nas proximidades do Ifac, com o pretexto de emenda. E posou sorridente para foto com o prefeito. Apesar de tudo quem está na pior situação nesta história toda é Socorro Néri. Ou compõe com Bocalom a quem enxotou do PP e para quem foi derrotada ou se alia a Marcus Alexandre de quem foi vice e passou de aliada a persona non grata quando assumiu a prefeitura e demitiu o pessoal dele. A menos que o Progressista mantenha Alysson Bestene na aventura suicida. Não duvido de nada. Ponto.

5-Dificuldade

A presidente municipal do Progressistas vacilou e perdeu a confiança de lideranças partidárias. Eu não ficaria surpresa se ela enfrentasse sérias dificuldades em 2026 se o PP se der mal na eleição deste ano na capital. O “ninguém vai mover uma palha”, é uma realidade já vista. Externamente dizem que estão com um candidato (a) mas internamente a orientação é ninguém pedir votos. A prática é conhecida. Em 2022, Socorro se elegeu deputada federal com um mega esquema. Saúde e Educação estaduais fechados com ela. E com a benção de Gladson Cameli. Elevada a novo patamar pode ter sido contaminada pela vaidade. E esta não é boa conselheira. Fato é que algumas lideranças do PP olham para o passado recente com pesar. Acham que se não tivessem rechaçado Bocalom poderiam disputar a prefeitura da capital com uma chapa pura tendo Alysson como vice. Não lançando candidato próprio o PP já larga enfraquecido e se vê obrigado a apoiar o já descartado Tião Bocalom tendo que se ajoelhar para Márcio Bittar ou apoiar Marcus Alexandre que foi derrotado duas vezes por Gladson Cameli. Em 2018, Gladson venceu Marcus Alexandre no 1º turno com 53,71% dos votos. Em 2022, aumentou seu percentual de votos para 56,75% derrotando também no 1º turno Jorge Viana (PT) que tinha Marcus Alexandre de vice.

6- Para refletir

Toda a mesa de pôquer tem um pato.

7-Vergonhoso

Os deputados federais Meyre Serafim (União), e  Roberto Duarte (Republicanos),  votaram para soltar o deputado Chiquinho Brazão. Marcaram o nome do Acre no placar. Na lista dos que entendem que a prisão do acusado de crime contra a mulher e crime político pode ser reduzido a firulas legais. Duarte aliás, votou duas vezes pela liberdade de Chiquinho Brazão. Uma vez na CCJ e outra na votação em plenário. Chiquinho foi preso em 24 de março junto com o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do TCE (RJ) e do ex-chefe de Polícia do RJ, Rivaldo Barbosa. Segundo a Polícia Federal o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) foi idealizada pelos três. Os 129 deputados que votaram a favor da soltura de Chiquinho integram a turma dos que gritam aos 4 ventos que “bandido bom é bandido morto” e querem o endurecimento das leis penais…para quem não é deputado. Entre os 277 deputados que votaram a favor de manter Chiquinho na prisão estão os deputados Antônia Lúcia (Republicanos), Gérlen Diniz (PP) Zézinho Barbary (PP) e  Socorro Néri (PP).  Ulysses Araújo (União) e Fábio Rueda (União), estão na lista dos ausentes. Nem foram. Não tiveram coragem de se expor. Quem tenta não descontentar nenhum lado acaba descontentando os dois. O resultado mantendo a prisão de Chiquinho Brazão pegou mal para os que votaram a favor da soltura dele. Expuseram-se à toa. Serão cobrados cada vez que levantarem a voz contra a criminalidade. O povo pode questionar se defendem bandidos. Aguentem.

8-Movimentada e interessante

A sessão desta quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa do Acre foi movimentada e teve momentos interessantes. Ao tratar das reinvindicações dos trabalhadores em Educação, a deputada Michelle Melo (PDT), referiu-se ao Secretário de Educação Aberson Carvalho como “Aberson Cavalo”. Não se sabe se por erro ou intencionalmente. Para marcar. A parlamentar se corrigiu imediatamente. Educadamente. Mas a primeira menção marcou. Às vezes o subconsciente trai. Ninguém se surpreenda se surgirem alguns memes do Secretário. Já o deputado Tanízio Sá (MDB), ao falar que até o mês de agosto as aldeias indígenas vão dispor de internet (Starlink do Elon Musk?), saiu-se com esta: “é bom que tenham internet porque faz com que eles fiquem mais tempo nas aldeias e não venham tanto para a cidade”. Pausa para o espanto. Coitado do Tanízio. Tão bem intencionado mas tão necessitado de suporte logístico. O parlamentar ainda completou que os indígenas evoluíram muito “não imaginavam que iam ter celular e agora têm…a gente lamenta o que aconteceu com o jacaré mas isso também é da cultura deles”. Com uma defesa destas quem precisa de acusador? Já a deputada Antônia Sales (MDB), ao dar voz a sua justa indignação sobre a não inclusão da ligação do Vale do Juruá com Pucallpa,  no projeto Rota Rondon,  disse que apesar de Mâncio Lima ter uma produção admirável de café “só vi o Secretário (Assurbanípal Mesquita), mostrando porcos no chiqueiro do Dom Porquito”. Edvaldo Magalhães (PCdoB), disse que nunca viu uma jacamizada tão grande como na solenidade para debater integração com a ministra Simone Tebet. “todo mundo era pai de alguma coisa mas o verdadeiro pai (Lula), foi esquecido”.

9-Interferência dos EUA no Acre

A ligação entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa, no Peru não saiu porque os Estados Unidos impediram. O deputado Edvaldo Magalhães contou a história na sessão de quarta-feira.  Esclareceu que o compromisso assumido pelos presidentes Lula do Brasil e Alan Garcia do Peru em 2009 só não foi executado porque Michel Temer (MDB), cedeu à pressão do governo dos Estados Unidos.  “A Assembleia Legislativa foi protagonista ativa na luta pela integração regional envolvendo o Vale do Juruá. O termo de integração assinado pelos presidentes Lula e Alan Garcia tinha o compromisso de fazer a ferrovia transoceânica saindo de Macaé (RJ), que cortando o Mato Grosso, passaria por Vilhena (RO), chegaria à Cruzeiro do Sul e de lá à Pucallpa (Peru), tendo como destino final o porto de Chancay em Lima (Peru). A China financiou o estudo de viabilidade porque o traçado atravessa a área de maior biodiversidade do planeta onde tem índios isolados. A viabilidade foi comprovada. A China financiou as obras. O porto de Chancay está pronto para ser inaugurado. No lado brasileiro a obra parou porque Temer que assumiu depois do golpe dado na Dilma Rousseff cedeu à pressão dos EUA a quem não interessa uma rota de exportação porque querem continuar o controle via canal do Panamá. A discussão está sendo retomada agora mas os detalhes precisam vir à tona. Houve interferência direta dos Estados Unidos. Taí pra quem defende o atrelamento”.

10- Canal do Panamá

O canal do Panamá é tão importante para os Estados Unidos que o país apoiou militarmente a independência do Panamá que era uma província da Colômbia para poder construí-lo.  Chegaram a ameaçar a invasão de Medellín e Cali com navios de guerra. O canal é um atalho que interliga os oceanos Pacífico e Atlântico. Através dele os Estados Unidos passou a enviar seus produtos para o mercado asiático em menos tempo e com maior lucro. Antes disso tinham que contornar a América do Sul para chegar aos portos da Ásia. O canal foi aberto a outros países mediante pagamento de pedágio de milhares de dólares. Após a “independência”, o Panamá virou uma colônia dos EUA, cheio de estadunidenses brancos e racistas que dominaram a economia protegidos por bases militares dos EUA. Virou um paraíso fiscal com bancos e cassinos onde imperava a lavagem de dinheiro, tráfico de todo tipo e prostituição. Enquanto entre os locais imperava a miséria. Sob o controle dos EUA os presidentes do Panamá que reagiram ao domínio foram mortos. O povo também. O caso mais emblemático foi o de Noriega que estava na folha de pagamento da CIA e por ordem da agência facilitou o tráfico.  Na época a CIA autorizada por Ronald Reagan e por George Bush pai, traficava cocaína da Colômbia e com o lucro comprava armas e pagava mercenários para “combater o comunismo”. Escândalo conhecido como Irã/Contras. Os militares prenderam Noriega e anunciaram que os EUA livraram o Panamá de uma ditadura a serviço do narcotráfico. Os EUA sendo EUA.

Bom dia, Secretário Educação Aberson Carvalho. Responda depressa: Prato Extra virtual mata a fome real? 

Coluna de opinião e reflexão

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