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Manifestações de 7 de setembro podem derrubar o mercado financeiro

Manifestações de 7 de setembro podem derrubar o mercado financeiro

O diretor da ComDinheiro, Felipe Ferreira,  alerta que o principal marco de um movimento como esse não é a repercussão natural e restrita do ato, mas as consequências que eles podem ter. “Quando os manifestantes pró-governo se apontam contra outras instâncias de poder isso traz uma inquietude, o que leva a maior percepção de risco, assim como as manifestações contra o governo levam a questionamentos quanto à capacidade de exercício de poder do Executivo”, avalia.

Para ele, as manifestações simbolizam um problema na sinalização de risco e o ideal para o ambiente de negócios seria um dia 7 com manifestações pacíficas e sem muito alarde. “Mesmo que falem muito, se tiver pouca repercussão isso não impactará no mercado. Mas, se um ou outro lado mostrar muita força podemos caminhar para um modelo de instabilidade, com ações de todos os setores caindo ao mesmo tempo”, explica.

Os  investidores entraram no feriado, zerando posições já na sexta-feira (3) uma vez que o feriado de Dia do Trabalho nos Estados Unidos deve tirar liquidez da B3 nesta segunda-feira (6). Amanhã, a Bolsa estará fechada por aqui.

Já Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, afirma que  independente do que ocorrer no feriado, a tensão entre poderes já cobrou seu impacto na Bolsa. “O investidor estrangeiro já percebeu que o Brasil é para os fortes. Se a democracia resistir apesar da polarização está tudo bem. Se as instituições forem abaladas, isso vai ter um impacto relevante nas expectativas do mercado.”

Em Sao Paulo, os atos pró-Bolsonaro, que defendem pautas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), serão realizados na Avenida Paulista. Os  defensores do impedimento do presidente Jair Bolsonaro se reunirão no Vale do Anhangabaú.

Na sexta-feira (3), Bolsonaro colocou mais lenha na fogueira desse ambiente das ruas ao afirmar que os atos serão ultimato para “duas pessoas que usam o poder para dar outro rumo ao país”, sem citar nomes, mas presumivelmente referindo-se aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF.

 “Não criticamos instituições ou poderes, somos pontuais. Não podemos admitir que uma ou duas pessoas, utilizando da força do poder, queiram dar outro rumo para nosso país. Essas duas pessoas têm que entender seu lugar. E o recado do povo nas ruas, no próximo dia 7, será um ultimato para essas pessoas. Curvem-se à Constituição, respeitem nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado”, defendeu o presidente. Leia Aqui

Foto- Bacana News

 

 

 

, entende que a consequência mais grave que poderia advir dos protestos seria uma greve dos caminhoneiros, pois isso poderia causar um impacto à economia similar ao registrado em 2018, só que em um momento no qual o país não pode se dar ao luxo de frear a recuperação pós-pandemia.

Ela lembra que a queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre já foi um sinal negativo neste sentido.

Por outro lado, Simone duvida que ocorra uma adesão em massa de militares e policiais aos protestos, com risco real de ruptura institucional. “O que acontece é mais uma antecipação das eleições de 2022. Sabemos que o ano que vem será muito duro, muito difícil, e crescer 2% em 2022 já será muito bom”, argumenta.

 

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