Na última quinta-feira (02/12), a cidade de Cruzeiro do Sul foi sacudida pela presença de policiais da Delegacia de Combate à Corrupção na sede do Deracre daquele município, nas primeiras horas da manhã. A polícia chegou ao local antes dos trabalhos na sede órgão iniciarem.
Os Policiais da Delegacia de Combate à Corrupção cumpriram mandados de busca e apreensão na sede do Deracre daquela cidade, em consequência de uma investigação iniciada em maio deste ano.
As denúncias que partiram de funcionários do órgão e do vice-governador Major Rocha (PSL), informavam sobre a suspeita que a empresa com sede em Manaus, contratada para realizar a obra de recuperação da pista do aeroporto de Cruzeiro do Sul, que leva o nome do avô do governador Gladson Cameli (PP), assim como a reforma das pistas de Porto Walter ( Leia Mais ) e Marechal Thaumaturgo, sequer desembarcou no Juruá.
“A empresa de Manaus não precisou vir ao Acre para receber milhões pela recuperação da pista do aeroporto de Cruzeiro do Sul. Teve o aparato do Deracre para fazer os trabalhos da empresa particular”, disse o vice-governador em sua página no Facebook. O post traz fotos de máquinas e funcionários do Deracre trabalhando na pista do aeroporto Marmud Cameli.
A investigação sobre o Deracre ter assumido as obras que seriam da empresa manuara, estão sob o comando dos delegados Pedro Resende e Pedro Paulo Buzolin. Desde maio eles apuram as denúncias de que a empresa de Manaus recebeu pelo serviço realizado pelo Deracre, tendo o Acre gasto inclusive com a compra de insumos, além de ter fornecido máquinas, equipamentos e mão-de-obra.
Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão, sendo 7 na sede do Deracre de Cruzeiro do Sul e nas residências de suspeitos de envolvimento e dois na sede da empresa contratada, em Manaus.
Os delegados tomaram depoimentos e apreenderam documentos celulares e computadores.
“Nós recebemos denúncias de que máquinas e equipamentos, materiais de insumo de asfalto e também servidores do Deracre estariam fazendo obras particulares usando a estrutura do estado e passamos a investigar, disse o delegado Pedro Resende.
Pedro Paulo Buzolin acrescentou: “Vale ressaltar que alguns indícios já foram coletados, o que deu base ao mandado de busca e apreensão que foi chancelado pelo Ministério Público como pelo poder Judiciário”.
A investigação segue sob sigilo.
Assista ao vídeo com a entrevista concedida pelos delegados responsáveis pela investigação à TV Juruá de Cruzeiro do Sul Aqui