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Candidatura de Márcia Bittar racha MDB. Descontentes preparam um protesto na frente da sede do partido para esta segunda-feira (08)

 

Internamente o MDB está em pé-de-guerra. A ala que defende o nome do presidente estadual do partido, deputado Flaviano Melo para o Senado informa que negociação com o senador Márcio Bittar (União) para colocar a ex esposa Márcia Bittar na chapa do MDB, foi feita pelas costas de Flaviano. Estariam envolvidos nessa negociação, o vice-presidente do MDB, Vagner Sales, o ex-deputado João Correia, o ex-prefeito de Rio Branco Mauri Sérgio e o ex-prefeito de Brasileia Aldemir Lópes.

O grupo que não aceita Márcia Bittar concorrendo ao Senado na chapa do partido, afirma que a negociação do senador Márcio Bittar com os dirigentes citados vinha acontecendo há tempos. Eles desconfiam da desistência de Jéssica Sales da candidatura ao Senado, apenas dois dias antes da convenção. Segundo eles, todos os que se manifestam contrários à Márcia Bittar na chapa do MDB são excluídos por Vagner Sales do grupo de whatsapp do partido.

“É mais grave do que a gente pensa. Querem tomar o partido, não é só tirar o homem, não. Qualquer comentário, tira do grupo. Chamaram até o Flaviano de “véio gagá”, que tinha que ficar calado”, informa um militante histórico.

A expressão etarista (véio gagá), teria sido dita em discurso na convenção.

“Vagner Sales e Cia perderam a noção do que é o MDB. Márcio conseguiu cooptar a maioria da Executiva e impor uma chapa que os militantes não engolem. Quando Márcia foi apresentada na convenção o público gelou e vaiou. O clima foi de carnaval pra velório instantaneamente”, afirma outro dirigente.

Segundo informações do grupo descontente, Flaviano saiu de casa com a  intenção de lançar nome dele  na convenção. Lá  iria para  votação  na disputa com Márcia Bittar, o que é normal em convenções.  Vagner Sales, ao saber da intenção se antecipou e declarou Márcia candidata ao Senado. Flaviano teria dito: “como democrata e presidente não posso tomar decisão contrária. Sou voto vencido, sejam felizes. Na sequência teria entregado o microfone e saído,  esvaziando a convenção.

Elegantemente Flaviano Melo  negou hoje a intenção de disputar o Senado: “não reivindiquei nada. Sempre quis a reeleição de federal”, disse ele. Colocar panos quentes parece ser a saída encontrada por Flaviano para tentar evitar a desunião interna, uma vez que com Márcia Bittar e os dois partidos que leva com ela (PL e Republicanos), triplica o tempo de TV para a candidata do MDB ao governo do Acre. Voltar a governar o estado depois de um longo período interessa sobremaneira ao partido. Sem o PL e o Republicanos, Mara teria apenas 40 segundos de TV, o suficiente para dizer “meu nome é Mara Rocha”, como fazia o acreano Enéas Carneiro quando disputou a eleição presidencial em 1989 e tinha somente 30 segundos de tv.

Entretanto o grupo de dirigentes partidários e militantes que não aceita a candidatura de Márcia Bittar na chapa do MDB não pretende desistir. Como até o dia 15 de agosto é possível entrar com recurso no TRE, eles vão insistir na mudança e estão articulando um movimento na frente da sede do partido na manhã desta segunda-feira (08).

O vice-presidente do MDB, Vagner Sales não respondeu.

Foto- O Alto Acre

 

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