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Nível do Rio Acre sobe mais dez centímetros nas últimas horas

Já é a segunda maior enchente na capital

Desde a quinta-feira, 29, o rio se mantém acima dos 17 m na capital. A maior cota registrada foi de 18,40 m, em 4 de março de 2015, data da cheia histórica, quando mais de cem mil pessoas foram atingidas.

Rio Acre registra segunda maior enchente na capital. Foto: Pedro Devani/Secom

O governador Gladson Cameli declarou situação de emergência em mais duas cidades do Acre, devido à cheia dos rios no estado. Agora, o decreto nº 11.421 abrange Manoel Urbano e Rodrigues Alves. Há uma semana, a emergência foi decretada em 17 cidades, e agora esse número sobe para 19 das 22 cidades acreanas.

Há reconhecimento do governo federal em 17 cidades

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, vem fazendo esse monitoramento em todos os rios acreanos: Juruá, Envira, Tarauacá, Iaco, Purus e Bacia do Acre. Na cabeceiras desses rios, todos apresentam vazantes, segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.

“Em Marechal Thaumaturgo, o nível do rio já baixou alguns centímetros, mas em Porto Walter, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul continuam em elevação. Na Bacia do Juruá, o Rio Moa continua subindo e joga muita água, principalmente para Cruzeiro do Sul. Estamos fazendo todo esse acompanhamento, com o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, que são todas as secretarias, no sentido de apoiar, reforçando ações junto às prefeituras e suas coordenadorias municipais de Defesa Civil”, diz.

Na Bacia do Acre, o rio já deu sinal de vazante em Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, e já está voltando à calha normal.

“Continuamos acompanhando, a previsão é de mais chuva nos próximos dias, mas esperamos que o rio se estabilize e comece a dar sinais de vazante ainda nesta segunda-feira, 4. Mas são apenas previsões. A estrutura da Defesa Civil Estadual está de prontidão total, dando assistência, como foi feito nos 19 municípios em decretação na situação de emergência, e estamos agora com todo nosso poder operacional, principalmente de ação de assistência e resposta nesses municípios em que o rio continua subindo, como é o caso da nossa capital”, enfatiza.

Confira as máximas do Rio Acre na capital

1º) 18,40 m – 4 de março de 2015

2º) 17,72 m – 3 de abril de 2023

3º) 17,66 m – 14 de março de 1997

4º) 17,60 m – 25 de fevereiro de 2012

5º) 17,11 m – 17 de fevereiro de 1988

6º) 17,01 m – 12 de março de 2014

7º) 16,90 m – 26 de dezembro de 1978

8º) 16,86 m – 4 de abril de 1974

9º) 16,72 m – 21 de fevereiro de 2006

10º) 16,37 m – 29 de março de 1979

Governo envia mantimentos para cidades atingidas pela cheia. Foto: Pedro Devani/Secom

Ações do governo

Há uma semana, o governo do Acre decretou emergência em 17 municípios acreanos devido à cheia dos rios. Já na sexta-feira, 1°, o governador Gladson Cameli publicou o decreto 11.419, que tem vigência de 180 dias e estabelece emergência em saúde pública.

O Acre enfrenta uma de suas maiores enchentes, em que 19  municípios  foram afetados por inundações, seja de rios ou igarapés. E já alcançou cota histórica de transbordamento em alguns municípios como Brasileia e Jordão, que tiveram, respectivamente, 75% e 80% da cidade atingida pelas águas.

Estado presente

Gladson Cameli tem visitado as cidades mais atingidas pela cheia, reforçando o apoio na assistência às famílias atingidas e no processo de reconstrução dessas cidades. Além disso, o governo do Estado tem estado presente em todas as regionais, onde foram montadas equipes de apoio gerenciadas por secretários e presidentes de autarquias.

A medida faz com que o Estado tenha uma visão de como está o cenário em cada uma dessas cidades.

Uma comitiva composta pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente, Marina Silva, chegou ao estado nesta segunda-feira, 4, para visitar as áreas atingidas pela cheia do Rio Acre. O anúncio foi feito no sábado, 2, pelo governador Gladson Cameli.

Cameli destacou que é de extrema importância a vinda da comitiva para ver in loco a situação nas cidades mais atingidas. “Desde o início, mantivemos as tratativas com o governo federal, no sentido de pedir apoio a todas as prefeituras, e a vinda dessa comitiva é importante porque os ministros vão poder ver de perto o impacto dessa cheia, que já tem cota histórica em alguns municípios. Como sempre falo, o momento agora é de reunir forças de municípios, Estado e governo federal, para tentarmos reduzir os impactos causados por esse desastre natural”, afirma.

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