Distante 362 km da capital e atualmente com pouco mais de 35 mil habitantes, Feijó foi fundada em 21 de dezembro de 1938.
Sua origem remonta à primeira expedição datada em 1879, à foz do Rio Envira, do navio Munducurus, que trouxe para a região grande número de imigrantes nordestinos. É nesse contexto que surge, à margem direita do Rio Envira, o Seringal Porto Alegre, que mais tarde deu origem ao município. Após alguns anos, o seringal tornou-se um vilarejo, e aos 13 de maio de 1906, foi elevado à categoria de vila, sob a denominação de Feijó, em homenagem ao Padre Diogo Feijó, nome que se conserva até hoje. Em dezembro de 1938, foi elevado à categoria de município, com a mistura com os povos originários que habitavam a região.
Conhecida por Terra do Açaí, tem nesse produto uma das principais fontes econômicas, tendo recebido em setembro do ano passado, a Indicação Geográfica (IG) concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) à sua produção de açaí. O selo reconhece as características do produto pelo seu local de origem, o que lhe atribui reputação e identidade própria. Produtos com esse reconhecimento apresentam uma qualidade única, em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e a forma como são feitos.
A cidade tem dois festivais anuais que atraem pessoas de todo o estado e de outros países, como Estados Unidos e Europa, além dos países vizinhos como Peru e Bolívia: o Festival do Açaí e o Festival Katx´Nawá Hô Hô Ika, do Povo Huni Kuî, na Aldeia Boa União.
“O Festival do Açaí celebra a rica história e cultura de Feijó, integrando a tradição do açaí, evidenciando a capacidade do Acre em preservar e promover seus mais valiosos patrimônios naturais e culturais”, destacou o governador Gladson Cameli durante o evento deste ano.