O monitorado por tornozeleira eletrônica, Marcelo da Silva Pessoa, de 34 anos, foi preso acusado de estupro de vulnerável de uma adolescente de 14 anos, que possui autismo. A prisão aconteceu na tarde desta quinta-feira (20), dentro de um apartamento na rua José Magalhães, no bairro Conquista, em Rio Branco.
Segundo informações da Polícia, a mãe da menor M.M.S., de 14 anos, chegou em casa após mais um dia de trabalho e foi conversar com a filha, que relatou ter sofrido o estupro por Marcelo há cerca de dois dias, e que seria a terceira vez que a menina havia sido estuprada.
Ainda segundo informações da mãe da vítima, que disse que a filha é autista, a menina vem sendo constantemente aliciada e estuprada por seu vizinho. Nos relatos, a mãe afirmou que Marcelo mora ao lado de seu apartamento e que a adolescente mostrou as partes íntimas machucadas, relatando que pelo menos três vezes foi violentada por ele.
No relato da menina para a guarnição do 1° Batalhão, ela disse que na “primeira vez eu estava no banheiro, tomando banho. Ele me olhou por aquela janelinha do banheiro, falando que eu olhava pra ele meio que diferente e que eu queria ele. A minha porta estava destrancada, eu disse que não queria e, mesmo assim, ele me pegou à força. Aí, quando ele tampou minha boca, eu não consegui gritar.”
“Na segunda vez, eu estava na casa dele, e ele disse que era primo da minha mãe. Ele falou que ia comprar salgados. Só que, quando eu cheguei lá, fiquei bem surpresa, porque não sabia que ele estava lá. Aí, ele demorou para sair. Ele começou a falar palavras bonitas e maliciosas também. Falou que, quando eu tivesse 17 anos, a gente ia casar e ia, inclusive, ter um filho. Daí, ele me pegou novamente. E, na última vez, que foi antes de ontem, ele falou também palavras bonitas, as mesmas palavras, as mesmas coisas. Era sempre palavras bonitas. E eu não tive proteção. Ele dizia pra mim que eu era bonita demais e me machucou muito na penetração”, finalizou a vítima, chorando enquanto recebia atendimento na Maternidade Bárbara Heliodora.
Antes de a guarnição levar o criminoso até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a vítima disse que, naquele dia, o suposto autor não havia feito nada, sendo que a última vez havia sido dois dias antes.
Com as informações, os PMs deram voz de prisão a Marcelo e conduziram o homem de 34 anos à Deam. No entanto, em conversa com o delegado plantonista, este afirmou que, apesar de não haver flagrante no delito, apenas ouviria as partes para adiantar um futuro inquérito do crime e liberaria Marcelo.
A adolescente foi atendida na Maternidade Bárbara Heliodora e teve o acompanhamento das equipes médicas e psicossocial daquela unidade. A vítima foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames de conjunção carnal.
O caso está sendo investigado por agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
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