Um laudo técnico do Ministério Público Estadual comprovou o risco de desabamento e recomendou o impedimento de ocupação da escola Padre Peregrino Carneiro de Lima além da retirada dos moradores das adjacências.
A estrutura apresenta uma inclinação de 12 cm (doze centímetros) e 7 cm (sete centímetros) do topo do reservatório em relação à base, em direção à escola.
O relatório do MPE informou além do Depasa, a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e a Secretaria de Educação sobre os graves defeitos, como ‘fissuras, infiltrações e carbonatação com consequentes efeitos de corrosão na armadura, desagregação do concreto e perda da capacidade de resistência’. E recomendou a demolição do Reservatório por apresentar patologias capazes de ocasionar queda, expondo a risco a comunidade do entorno e por estar em desacordo com as normas técnicas e o Código de Obras do município de Rio Branco, em especial os artigos 2º e 192.
Entre os problemas, a perícia do Ministério Público constatou que três dos quatro pilares do reservatório, a laje e a fixação de braçadeira de aço já estão comprometidos por causa da corrosão e há também problemas na instalação da rede elétrica e na escada de acesso de segurança.
A notificação foi feita no dia 11 de fevereiro e o prazo para a apresentação de um plano de ação foi de 10 dias. No mesmo dia o Depasa informou que uma equipe de engenharia já trabalhava em um projeto de demolição.
Quatro meses depois da notificação expondo o risco a que estão sujeitos os moradores do entorno, nenhuma medida efetiva foi tomada. Por esse motivo os moradores recorreram ao Sindicato dos Urbanitários.
Lideranças sindicais fizeram uma visita ao local na tarde desta sexta-feira (11). Acompanhados dos moradores constataram o risco:”O que o laudo técnico constatou nós comprovamos in loco. A estrutura está comprometida e ameaça desabar. Está oferecendo risco não somente à estrutura da escola como às residências próximas e até à transeuntes”, disse o sindicalista Marcelo Jucá.
Sindicato dos Urbanitários, Assermurb, direção da escola e a Associação de Moradores do Tucumã criaram um movimento através do qual exigem o imediato cumprimento da recomendação do MPE de demolir o reservatório elevado:”Não podemos esperar até que o pior aconteça”, disse Marcelo Jucá.