“Vai dar diferença entre a contagem manual e o voto eletrônico”
O alerta foi dado pelo ministro Luís Roberto Barroso, em discurso proferido na solenidade de inauguração da nova sede do TRE, realizada nesta quinta-feira (29). O ministro disse: “Vamos criar um mecanismo de auditoria que vai trazer insegurança, riscos para o sistema. Desencontro entre a contagem manual e a votação eletrônica. E quando der a inconsistência, porque vai dar, dá no caixa do banco, que não quer perder dinheiro, porque não vai dar numa contagem manual num país polarizado? Portanto não é só uma questão de custo, de dificuldade de licitação. É uma questão de risco para a segurança do sistema”.
Em sintonia com o ministro, o governador Gladson Cameli disse que: “O Executivo estadual acreano está irmanado com os ideais democráticos do Judiciário brasileiro, ao defender a licitude das urnas eletrônicas nos pleitos eleitorais”. Veja Aqui
Entretando, o discurso do ministro alimentou a desconfiança dos defensores do compravante impresso do voto.
Em sua página no Facebook, o vice-governador Major Rocha (PSL), postou texto e vídeo intitulado: “Voto auditável: segurança x ideologia.
Leia o post
“Embora não veja motivos para tantas discussões, quero registrar que sou favorável ao voto impresso. Em 2015, quando era Deputado Federal, ante a resistência da esquerda e dos Ministros do STF, tive a oportunidade de defender, votar e aprovar o voto impresso.
Naquela oportunidade o TSE alegava que não tinha condições de implementar o voto impresso no Brasil. Da mesma forma que ninguém pode desobedecer uma decisão judicial, menos ainda uma lei aprovada pelo Congresso brasileiro. Imaginem se, de agora em diante, o cidadão comum começasse a escolher qual lei ou decisão judicial cumprir?
Em 2018 o STF, que era contrário ao voto impresso, resolveu derrubar a lei sob o pretexto de que a mesma violaria o sigilo do voto.
Longe de mim alimentar essa polêmica boba, mas não posso deixar de estranhar essa militância dos Ministros do STF, de parte da imprensa e da esquerda contra o voto auditável. A verdade é que nem os sistemas eletrônicos mais seguros do mundo são imunes a fraudes e ao ataque de hackers. Não acho correto pensar que o sistema eleitoral brasileiro uma excessão.
Também achei interessante o Ministro Barroso afirmar que “certamente haverá”, o que ele chamou de inconsistência e que, na verdade, seria uma diferença entre os votos impressos e eletrônicos. Penso que essa diferença não deveria existir em um sistema “infalível”. Tal afirmação só reforça, no meus ponto de vista, a necessidade de termos a segurança de outro sistema auditavel através do voto impresso”.