Grave: médico sem especialização em ortopedia atende como ortopedista, denunciam funcionários e pacientes do PS

A denúncia inclui a falta de médicos nos plantões noturnos. Pacientes que chegam em busca de atendimento a partir das 22h, têm que aguardar até a manhã do dia seguinte.

Além disso, acusam o médico MMS que não possui especialização nenhuma de atender como ortopedista, apesar da cláusula contratual estabelecer que o médico para atuar na empresa, precisa ter o RQE (Registro de Qualificação de Especialista), caso contrário não pode prestar atendimento de forma alguma.

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Apesar disso, pacientes que foram atendidos pelo referido médico, afirmam: “temos documentos com carimbo dele, onde o mesmo se apresenta como ortopedista”.

A empresa Medtrauma, que assumiu os serviços de ortopedia do Pronto Socorro de Rio Branco em substituição a Inao que teve seu contrato quebrado pela Secretaria de Saúde do estado, foi contratada através de uma dispensa de licitação. A empresa tem ligações com várias outras empresas que inclusive funcionam no mesmo endereço da sede da Medtrauma. Empresas estas, sob investigação do MPE de Goiás, inclusive por formação de cartel. Veja Aqui

Repercussão na Assembleia Legislativa

Na sessão desta quarta-feira (17), o deputado Jenilson Leite (PSB), disse que a Assembleia Legislativa precisa acompanhar as mudanças que vêm ocorrendo no setor de ortopedia do PS e propôs uma conversa dos deputados com os representantes das empresas Inao (que teve o contrato quebrado) e a Medtrauma (que assumiu o serviço). Uma conversa que deve ter a presença do Ministério Público.

” Há indícios que tanto os pacientes como o SUS estão sendo prejudicados. Não podemos calar quando a vida de pessoas podem estar sofrendo prejuízos. Precisamos entender essa confusão e avaliar valores e a forma como a nova empresa entrou para assumir o serviço”.

Jenilson esteve no setor de ortopedia do PS acompanhado do deputado Neném Almeida (Podemos), no início da semana. Os parlamentares conversaram com médicos, funcionários, pacientes e com a direção do hospital.

Segundo o médico e deputado, dentre as informações obtidas está a que envolve altos valores. ¨”A previsão de gastos para um ano era R$18 milhões em cirurgias. O governo do estado aditivou mais R$ 4 milhões. O que deveria ser gasto em um ano, foi gasto em 4 meses, mas médicos e demais profissionais só receberam os salários de um mês. Precisamos esclarecer toda essa história”.