A Rússia está entre os maiores exportadores de trigo, com cerca de 13% de participação no mercado. Além do efeito direto de alta, uma falta de trigo pode demandar uma substituição de insumos e trazer para cima os preços da soja e do milho.
Ainda desconsiderando o conflito, o IPCA-15, divulgado nesta quarta-feira (23), mostrou que os bens duráveis já sofriam uma escalada de preço. Segundo André Braz, do Ibre, o aumento da produção industrial que afeta os bens duráveis – como eletrodomésticos e veículos – será o efeito mais persistente da inflação, já que o petróleo é usado em várias estruturas produtivas.
Além do trigo, os fertilizantes russos também podem sofrer uma quebra de produção. Novamente, um efeito em cadeia pode chegar ao bolso do brasileiros: o agricultor pode ter dificuldade de acesso ao produto, tornando a lavoura menos produtiva e reduzindo a oferta de alimentos – mesmo os produzidos aqui dentro.Leia Mais