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CPI do MEC perde uma assinatura e Randolfe diz que seguirá atrás de apoio

CPI do MEC perde assinaturas e ex- ministro da Educação Abraham Weintraub pede “Investiguem tudo”

Após ter atingido o número de assinaturas exigido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar corrupção no Ministério da Educação, o Senado registrou um recuo. Os senadores do Podemos, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos -RN) desistiram de apoiar a investigação.

No comando da operação-abafa, está Ciro Nogueira (PP),  chefão do centrão e da Casa Civil. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, procurou senadores para barrar a coleta de assinaturas pró-CPI. Ciro Nogueira, que é senador licenciado e hoje tem poder para liberar recursos do Orçamento a parlamentares, está diretamente ligado à distribuição.

O quórum necessário, de 27 subscrições, tinha sido alcançado nesta sexta-feira, 8, mesmo com a ofensiva do governo para tentar impedir o mínimo necessário de assinaturas. Entretanto no sábado (09), tudo mudou.

Via Twitter, o ex-ministro da educação Abraham Weintraub incentivou a investigação e disse que “tem muita coisa para contar”.

“Investiguem TUDO! Superfaturamento no Enem, financiamento de faculdades privadas, as Federais, autorizações irregulares, venda de diplomas, gráficas (plural), quilo de ouro, utilização de aviões da FAB, TUDO! Vamos ver quem é limpo! Eu não tenho medo da VERDADE!”

Em outro tuíte Weintraub disse:

“Chamem TODOS os ministros! Quando eu mandei embora o presidente do FNDE, o Nhonho me ameaçou com uma CPI do MEC. Respondi que eu adoraria ver uma CPI do MEC. Tenho muita coisa para contar (mandei tudo para PF e MP). Enfrento a tigrada safada e “Aliança Centrão/Generais”.

A CPI da Educação foi apresentada por Randolfe Rodrigues (Rede), para investigar a atuação de um gabinete paralelo operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no MEC, envolvendo até mesmo cobrança de propina para liberação de recursos do FNDE para escolas. Prefeitos confirmaram que os religiosos pediam contrapartida em ouro, dinheiro e até compra de Bíblias. O caso envolve ainda a licitação de ônibus escolares com sobrepreço de R$ 732 milhões, a compra de kits de robótica para escolas sem água encanada e internet.

Para o senador Randolfe Rodrigues o apodrecimento do MEC justifica a abertura de uma CPI. A operação montada pelo Planalto para evitar a investigação parlamentar comprova a sua necessidade. As verbas saem pelo ladrão no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE. Trata-se de uma caixa registradora de R$ 55 bilhões. O centrão manda e, sobretudo, desmanda no FNDE. Preside o órgão Marcelo Monte, um ex-assessor de Ciro Nogueira, do célebre PP. Comanda uma diretoria Garigham Amarante, um preposto de Valdemar Costa Neto, o dono do PL, partido de Bolsonaro.

Valdemar da Costa Neto foi julgado, condenado a 7 anos e 10 meses de prisão em 2012, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do Mensalão.  Cumpriu pena em regime semiaberto e aberto,  usando tornozeleiras.

Assista ao vídeo

Foto-Jornal da Cidade Online

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