No Acre, Cidadania e PSDB integram a aliança de partidos que apoiam a reeleição de Gladson Cameli (PP)
PSDB e Cidadania deram entrada no início da tarde desta sexta-feira (1º) com o pedido de registro em cartório da Federação entre os dois partidos, passo necessário para a homologação junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Pelo Estatuto, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e o presidente do Cidadania, Roberto Freire, serão, respectivamente, presidente e vice-presidente da federação.
“O PSDB é um partido que tem um projeto de país. Um projeto reconhecido pela população, que lideramos talvez no melhor momento da nova República. Nós entendemos que essa composição aponta para o futuro, não é uma questão de cláusula de desempenho. São dois partidos que têm um histórico de alianças e compromisso com o Brasil”, defende Araújo.
Ele ainda observa que as experiências do governo Fernando Henrique e de gestões estaduais serão imprescindíveis para reconstruir o país em 2023.
“Quem vencer as eleições de outubro terá de ter um projeto sólido para o Brasil dos próximos anos e capacidade de execução e articulação. Temos um país hoje muito empobrecido, alto índice de desemprego, inflação no limite do descontrole, fragilizado do ponto de vista das instituições e isolado internacionalmente. Será preciso um grande esforço para colocar o país nos eixos”, avalia.
Freire, por sua vez, ressalta que a parceria vai além das eleições de outubro e mira a refundação da social-democracia no Brasil.
“Uma refundação com liberais sociais e ambientalistas, para oferecer ao país um projeto alternativo de desenvolvimento social e econômico, que tenha a sustentabilidade como eixo e a inovação como norte. Um projeto que coloque o Brasil no século 21, resgatando os brasileiros da fome e do desemprego”, prega Freire.
O presidente do Cidadania reforça o caráter programático da aliança, oficializada hoje, mas pondera que a federação é um fato novo também eleitoral.
“Havia expectativa de diversos atores políticos e sociais sobre essa composição, que, uma vez formalizada, dá segurança aos que pretendem disputar a eleição de outubro, ajudando a construir o centro democrático, uma terceira via, como gostam de chamar, entre Lula e Bolsonaro. A federação tem esse caráter. Reforça esse campo ao qual podem se juntar, numa coligação majoritária nacional forças como MDB e União Brasil. É um passo concreto nesse sentido”, sustenta.