Clinica Telemed'AC - Consultas médicas com clínicos e especialistas sem sair de casa no Acre

O povo precisa se levantar ou não poderá mais pagar energia, diz líder do movimento popular ao criticar mais um aumento anunciado nesta terça -feira

 

O líder do Movimento Popular Contra os Abusos na cobrança de Energia no Acre, lamentou que o governo federal tenha sido tão omisso na questão do setor energético brasileiro. Francisco Panthio, disse que este aumento autorizado nesta terça-feira (21) é uma agressão aos brasileiros, que terão um duro golpe no bolso para arcar com a irresponsabilidade do governo em não tratar o setor energético como deveria.

“O governo ao invés de assumir a responsabilidade e buscar soluções para a crise do setor, tenta se livrar ao fazer guerra para vender a Eletrobras. O Brasil é um país continental e tem uma matriz energética imensurável, chega a ser vergonhoso presenciar crises dessa proporção. Nossa gente nunca foi tão castigada como agora, a carestia tomou conta de tudo e pagar energia daqui uns dias, será algo quase impossível se continuarmos assim”, disse Panthio.

A reclamação é geral.

.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias (cobrança extra aplicada às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia no país).

Pela proposta aprovada pela agência, a maior alta será no valor da bandeira vermelha patamar 1 (alta de 63,7%). A bandeira amarela vai subir 59,5%, e a vermelha patamar 2 aumentará 3,2%. A bandeira verde seguirá sem cobrança.

Os novos valores entram em vigor em 1º de julho e serão válidos até meados de 2023. São os seguintes:

Bandeira verde: continua sem cobrança adicional;

Bandeira amarela: de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos (+ 59,5%);

Bandeira vermelha patamar 1: de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos (+ 63,7%);

Bandeira vermelha patamar 2: de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos (+3,2%).

Os valores aprovados ficaram acima daqueles colocados em consulta pública. A alteração foi necessária, segundo a Aneel, para inclusão de alguns parâmetros no cálculo dos valores.

A revisão dos valores das bandeiras acontece anualmente, normalmente na metade do ano.

A bandeira “escassez hídrica” foi excepcional e temporária. Foi criada durante a crise energética do ano passado e vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, data a partir da qual foi extinta.

Bandeira verde em vigor

Desde 16 de abril, está em vigor a bandeira verde, ou seja, não há cobrança extra aplicada à conta de luz.

A Aneel informou que a tendência é que a conta de luz dos consumidores fique com a bandeira verde até o fim do ano, devido à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

Porém, a cobrança pode voltar a partir de 2023, a depender do custo para produção de energia. A Aneel divulga mensalmente qual a bandeira tarifária em vigor.

Sugestões de mudança

Durante consulta pública sobre o tema, parte dos agentes do setor sugeriu criar um novo patamar de bandeira.

Porém, a área técnica da Aneel não acatou a sugestão, por entender que o caso precisa ser analisado “com parcimônia”.

Parte dos agentes também defendeu uma revisão da metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias, de modo a refletir melhor os custos do setor.

A sugestão não foi acatada para o ciclo 2022-2023, mas os diretores reconheceram que melhorias no cálculo podem ser feitas em futuros ciclos.

Inscreva-se gratuitamente na Newsletter do Acre-In-Foco Notícias do Acre

Não perca nenhuma notícia do Acre! Inscreva-se na newsletter do Acre In Foco

Veja também

Segunda edição da Feira do Amor celebra Dia das Mães

A segunda edição da Feira do Amor apresenta atrações do artesanato regional, comidas típicas e …