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Petrobras vai pagar bilhões a acionistas no apagar das luzes do governo Bolsonaro

Petrobras vai pagar bilhões a acionistas no apagar das luzes do governo Bolsonaro

Farra dos acionistas

A Petrobras aprovou mais um pagamento de dividendos aos seus acionistas no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação. No total, serão distribuídos R$ 43,7 bilhões até janeiro. Isso significa R$ 180 bilhões de adiantamento de dividendos referentes a 2022, mais R$ 37 bilhões pagos no primeiro semestre, relativos a restos a pagar de dividendos de 2021. Ou seja, a Petrobrás vai distribuir, pelo critério caixa, R$ 207 bilhões de dividendos em 2022. Dividendos são uma parte do lucro líquido das companhias que vão para o bolso dos acionistas. Os investimentos realizados pela estatal em 2022, até junho, somaram apenas R$ 17 bilhões.

Segundo a Petrobras, os valores em dividendos já pagos no ano até o 3º trimestre somam R$ 179,9 bilhões.

Em 2021, a Petrobras distribuiu R$ 101,4 bilhões em dividendos, praticamente 10 vezes mais que o volume distribuído em 2020 (R$ 10,3 bilhões). Levantamento da consultoria Trademap mostra que com o novo megadividendo de R$ 43,7 bilhões, o montante já aprovado no ano chega a R$ 217 bilhões.

De acordo com o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o valor dos dividendos aprovados neste terceiro trimestre comprariam de volta as refinarias Rlam e Six e concluiriam as obras da Abreu Lima, do Comperj, da UFN-3, e a reabertura da Fafen-PR.

Ações contra

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) e Anapetro (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras) entraram com ação no Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) para impedir a distribuição dos dividendos. De acordo com o escritório Advogados Garcez, que representa ambas as entidades, a decisão sobre dividendos deveria ser de responsabilidade da futura administração da empresa.

Na sexta-feira (4), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a suspensão da distribuição de dividendos, até que o julgamento da legalidade da medida pelo tribunal, “diante de possível risco à sustentabilidade financeira e esvaziamento da disponibilidade em caixa da estatal”. O procurador de contas junto ao TCU pediu que o tribunal suspenda imediatamente a distribuição antecipada de dividendos 

O presidente da Anapetro, Mário Dal Zot, destaca que “não é conveniente que o Conselho de Administração da Petrobras, mesmo que esteja dentro de limites estatutários, delibere agora a distribuição de dividendos, pois existem cenários e variáveis que serão alterados em breve, como o planejamento estratégico da companhia que tenderá a mudar com o novo governo”.

A antecipação só passará pelo crivo da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas em abril de 2023. Em 2022, a antecipação de distribuição de dividendos já atinge R$ 179,98 bilhões, quase o dobro dos R$ 101 bilhões distribuídos em 2021.

A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que a sangria “é uma irresponsabilidade com a empresa e com o país”. “É a farra do Paulo Guedes, para cobrir os gastos eleitorais do governo Bolsonaro”, criticou.

“Não concordamos com essa política que retira da empresa sua capacidade de investimento e só enriquece acionistas. A Petrobrás tem de servir ao povo brasileiro”, afirmou Gleisi no Twitter.

Imagem- Sindipetro SJC

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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