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Coluna da Angélica-“Guardião” é fichinha

1-Operação insônia

O Acre foi sacudido às 5 da manhã desta quinta-feira (16) por mais uma operação da Polícia Federal. O sol ainda nem tinha nascido e os policiais já estavam no Deracre e Seinfra. Segundo a nota da PF, o dano estimado é de mais de 5 milhões de reais. Se comprovadas as suspeitas, os investigados terão que ressarcir esses valores aos cofres públicos e ainda correm o risco de serem condenados a mais de 20 anos de prisão. A coisa se complica mais a cada operação e ninguém dorme na taba.

2-Assumir

É preciso ser razoável ao analisar essa questão. Se a coisa toda tomou a proporção que tomou é porque nada funcionou no Acre. Pelo menos durante os últimos 4 anos. Onde estavam os órgãos de controle durante todo esse tempo? Por que ninguém colocou um freio nesta situação?  Ministério Público, Tribunal de Contas…Na minha humilde opinião, são todos culpados. Se nos primeiros indícios tivessem agido poderiam ter evitado essa confusão. Representações, foram feitas. Preferiram fechar os olhos e agora ninguém prega o olho.

3-Indefinição

O prefeito de Rodrigues Alves, Jailson Amorim, eleito pelo PROS, anda espalhando aos 4 cantos que disputará a re-reeleição em 2024. Mas, isto seria um terceiro mandato consecutivo, o que é proibido.  Jailson assumiu a prefeitura em julho de 2020, com a morte do prefeito Sebastião Correia (MDB). Disputou e venceu a eleição em outubro de 2020, no mandato. A lei só permite dois mandatos executivos seguidos, o que torna difícil crer na possibilidade. A deputada estadual Maria Antonia e seu marido Deda Amorim estão aguardando o posicionamento da justiça. “Se ele puder disputar mais um mandato, estaremos com ele”, afirma Maria Antonia.

4-...e novas candidaturas

Dentre os possíveis candidatos na disputa pela prefeitura de Rodrigues Alves, aparece Paulo Mororo, coordenador do Núcleo de Educação, que teria o apoio do governador Gladson Cameli.  Se a ponte for construída, não duvido da vitória do candidato de Gladson, caso contrário, é possível que a oposição vença. Na oposição desponta o nome da vereadora Therezinha Fernandes (PCdoB), como o principal da nova safra de políticos locais. Segundo seus apoiadores, o mandato de vereadora está pequeno para ela e é hora de tentar voos mais altos. Ela está construindo alianças com as forças progressistas, entretanto tudo depende dos acordos uma vez que o PCdoB agora pertence a uma Federação com PT e Rede. Apesar de Therezinha ter forte apelo e ser bem avaliada, pode haver  uma Federação e uma ponte entre ela e o Executivo Municipal de Rodrigues Alves.

5-Sorria…

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que poderia trocar seu nome para Agência Brasileira de Intolerância,  usou um sistema secreto para monitorar a localização e acessar informações pessoais de cidadãos, por meio de dados do celular. A espionagem foi executada durante os três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Através desse sistema, qualquer celular dentro do país poderia ser monitorado sem autorização da justiça e sem justificativa oficial. O sistema utilizado foi o FirstMile que permite monitorar até 10 mil pessoas a cada 12 meses. Para rastrear basta digitar o número do contato telefônico. A partir disso, o acompanhamento é feito por meio de um mapa. Com isso é possível criar  um histórico de deslocamentos e acompanhar em tempo real a movimentação do alvo. O software desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, foi comprado por R$ 5,7 milhões – com dispensa de licitação,  no final do governo Michel Temer (MDB) e de  acordo com O Globo, foi usado pelo governo Bolsonaro até meados de 2021. Ah! Um detalhe importante: o representante no Brasil da empresa que desenvolveu o programa é o filho do general Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro.

6-…você foi monitorado

Para quem se interessa pelo assunto, está disponível desde o ano passado, o documentário “Xadrez da Ultradireita mundial, a ameaça eleitoral”. No documentário é mostrado que as tecnologias disponíveis dentro dos órgãos federais especialistas em cibersegurança tornaram-se um arsenal decisivo na chamada guerra cibernética, à disposição de governos. São soluções de pesquisas em fontes abertas, com a possibilidade de infiltração em grupos, criação de perfis falsos e inclusão de bots; ferramenta para transcrição de áudios e reconhecimentos faciais;  o rastreamento digital pode ser feito a partir do endereço de origem pela internet e pelo IP; e o hackeamento de celulares, a partir de plataformas como a Pegasus. Bons tempos aqueles em que a preocupação era o Guardião ouvir as nossas besteiras. O temor era provocar risos em quem escutava.

7-Tem nego comemorando a desgraça

A frase foi proferida na sessão desta quarta-feira (15), pelo deputado Tanízio Sá (MDB), ao se referir ao abandono das obras pelas empresas proibidas  pelo STJ de receber pagamentos e firmar contratos com o governo do estado. De acordo com o deputado a decisão paralisou obras em hospitais e em 32 escolas em todo o estado. Tanízio sugeriu que os deputados formem uma comissão para ir à Brasília conversar com a ministra Nancy Andrighi para pedir que ela afaste os gerentes mas não impeça as obras.”A ministra tem que saber que tá causando um problema sério para o Acre”, disse ele. Entende-se as razões de Tanízio, mas alguém tem que traze-lo à razão: que empresa vai manter os trabalhos sem receber? Como vai pagar os trabalhadores e comprar insumos? A complicação é maior do que a vista alcança, deputado.

8-Lascou

Se depender do Ministério Público, o futuro político de Mazinho Serafim está definido como assessor da esposa Meire Serafim, em Brasília. A Ação Civil Pública que deu entrada no Tribunal de Justiça, TRE e TSE, pede a cassação dos direitos políticos do prefeito de Sena Madureira. O MP ainda requereu a inscrição do nome de Mazinho Serafim no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa. Este pode ser o fim da carreira política do polêmico empresário que resolveu entrar na política. Mazinho também foi condenado pelo TCE por ter efetuado o pagamento de medicamentos sem comprovação de fornecimento. Gérlen Diniz (PP) deve estar com um sorriso maior que o rosto.

9-Moro deixou, a justiça tomou

A justiça começa a lavar a sujeira deixada pela Lava-Jato. O então juiz da operação, Sérgio Moro (atual senador), permitiu que o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) um dos principais mentores do golpe contra Dilma Rousseff, permanecesse com a posse de 6 carros de luxo. O veículos apontados como “produtos de crime” foram adquiridos em nome da empresa “Jesus.com”, resultado de pelo menos 5 milhões de dólares em propinas obtidas com contratos de construção de navios-sonda.  O novo juiz da Lava-Jato, Eduardo Appio,  determinou que Eduardo Cunha devolva dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Passat Variant Turbo. O Ministério Público Federal já havia pedido a apreensão dos veículos em 2016, mas Moro negou. A atuação de Moro lembra muito aquele ditado batido “aos amigos os benefícios da lei, aos inimigos, os rigores da lei”. E você acreditando na isenção da justiça. Pois.

10-Vai e vem

Os deputados aprovaram por 18×1 a devolução da responsabilidade de gerir os recursos publicitários do estado para a Secretaria de Comunicação. O relator da matéria foi o vice-presidente da Aleac, Pedro Longo (PDT). Quando o governo fez a Reforma, cerca de 30 dias atrás, repassou a responsabilidade para a Casa Civil, algo inédito. Como analisa o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), o Executivo tentou concentrar todo o poder “no coração do governo, exatamente onde se travam as brigas mais intestinas…fez a reforma e a base que aprovou o monstrengo. Quando leva um puxão de orelhas, devolve para a Secom”. Nesse vai e vem, a chamada verba da mídia ficou apenas um mês com a Casa Civil.

Bom dia Luís Calixto, Secretário Adjunto de Governo. A Polícia Federal não dorme. Nem Vossa Excelência né? 

Esta é uma coluna de opinião

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Imagem- Uol

 

 

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