Clinica Telemed'AC - Consultas médicas com clínicos e especialistas sem sair de casa no Acre

Coluna da Angélica- Eleição municipal está igual a samba de doido

1-Samba de doido

A disputa municipal em Rio Branco tem lances esdrúxulos. A vereadora Lene Petecão (PSD), da base de sustentação do prefeito Tião Bocalom (PP), na Câmara de Vereadores colocou seu nome em apreciação para vice do principal opositor de Bocalom, Marcus Alexandre. Tanízio Sá (MDB), considerado altamente comprometido com o governo Gladson Cameli (PP) e integrante da base de Gladson na Assembleia Legislativa acomodou Marcus Alexandre (MDB) em seu gabinete. O neoMDB é o principal adversário do candidato do governador à prefeitura da capital. O governador por sua vez, cedeu Marcus Alexandre para a Aleac. O candidato é servidor efetivo do Estado. O PT, ex-partido de Marcus Alexandre, pretende retomar o protagonismo do Partido dos Trabalhadores na capital. Mas apoia o MDB. Quer o protagonismo sem protagonista. Parece que nesse jogo está todo mundo acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo. Muitas velas. Vela pra caramba.

2-Consequências

Nos corredores da Assembleia Legislativa o que mais se ouve é o questionamento sobre qual será o trabalho do ex-prefeito e candidato a voltar ao cargo. A cessão de Marcus Alexandre para a Aleac virou piada na casa. Por outro lado, a vereadora Lene Petecão, lançou o nome para vice do emedebista e correu atrás de Tião Bocalom na manhã desta segunda-feira (18). Lançou e correu. Não conseguiu falar com o prefeito. Foi vista conversando com Waltinho no estacionamento da prefeitura. Quem viu garante que ela falou, falou e Waltinho só dizia ahan, ahan. Com cara de poucos amigos. Lene saiu da prefeitura com cara de choro. Na avaliação de seguidores de Bocalom, a vereadora tentou dar o tapa e esconder a unha. Mas as unhas estavam muito visíveis. Tem gente de dentro do Executivo Municipal que garante que a ordem é excluir todas as fotos de Lene das publicações da prefeitura. Num segundo momento poderá vir a perda de cargos. E la nave vá. Navegando em mares revoltos.

3-Consequências II

A vice-prefeita Marfiza Galvão é outra que poderá perder o resto dos cargos. Na avaliação do bloco “Fiéis do Bocalom”, os cargos são do PSD. Se for para o MDB, fica sem nenhum uma vez que o MDB não faz parte da governança municipal. Talvez por isso a vice tenha dado um passo atrás. Disse que vai se desfiliar do PSD, mas ficar sem partido. Aguardemos como a prefeitura vai lidar com cargos de sem partido.

4-Conclusão

Tião Bocalom parece ser o único definido nesta situação toda. É candidato a reeleição. E não o subestimem. Se conseguir concluir seu projeto das 1001 casas, será um forte candidato. Até porque não tem casos de corrupção ou de preguiça para trabalhar. Pode ser chamado de cabeça dura; acusado de não ouvir ninguém, etc…Mas isso não transforma em mau prefeito, apesar da forte campanha contra que enfrenta desde o primeiro dia de gestão. Francimar Fernandes também era tido como casca grossa. E foi considerado o melhor prefeito de Feijó. Só para dar um exemplo. A esse respeito leitor atento pondera: “Marcus Alexandre como prefeito não fez nada além do arroz com feijão, e aparece agora como o  supra sumo da política. Isso não é política. O nome disso é carência”. Feito o registro.

5- Resultados

O presidente Lula (PT) e o Ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) vão captar  10 bilhões através da venda de Títulos Verdes na Bolsa de Nova York. Empresários norte-americanos já sinalizaram a compra dos títulos. Ainda que mal pergunte, no que resultaram as constantes viagens do governador do Acre aos EUA? Gladson tem participado das conferências sobre mudanças climáticas. Segundo meu amigo Alemão Monteiro do site Três de Julho, Gladson fez até agora 8 viagens aos EUA como governador do Estado. Até agora não vimos resultado concreto. Além de gastos, é claro.  O que vemos é o governo do Acre apresentando um Curso de Laço como incentivo a geração de emprego e renda no campo. Pausa para o espanto.

6-Violência

A violência campeia no Brasil. Em todos os matizes. Não se limita ao crime comum. Temos pelo meio a violência política traduzida pelo método Centrão de impor; a violência religiosa com a tentativa de um segmento religioso se impor sobre os outros e a violência policial. Recentemente o padre Leonardo Wagner, da Arquidiocese de Fortaleza, sugeriu queimar a Bíblia protestante e o Livro de Mórmon. Parece que voltamos à Idade Média. Na quinta-feira (14), encapuzados promoveram uma chacina contra a família de um CAC que havia matado dois policiais. A chacina foi transmitida ao vivo pelo Instagram. Assassinaram a irmã, irmãos e a mãe do homem que havia matado os policiais. Deixaram uma criança e uma mulher grávida feridos. Voltamos ao cangaço. Durante a ditadura militar 8.700 brasileiros (incluindo os indígenas) que contestaram o governo dos generais foram torturados e assassinados.  Ainda na ditadura centenas de brasileiros foram presos, seviciados e violentados. Estes são apenas alguns dos muitos exemplos do que acontece em nossa sociedade extremista  que se alimenta do ódio. Muito triste ver os que se dizem “representantes de Deus ” criando o inferno na Terra em nome de um pedaço no céu e polícias se rebaixando a milícias. Olhos atentos, observai. Não podemos apoiar “pelotão de fuzilamento”. De nenhum tipo.

7- Para refletir

Aos que criticam “comunista de Iphone”, um desafio: o que é mais bizarro? Comunista de Iphone ou capitalista que usa transporte coletivo?

Bom dia, governador Gladson Cameli. É verdade que Vossa Excelência estabeleceu uma meta de arrecadação de 2 milhões de reais via Detran? Se for verdade, a população já pode ir se preparando para blitz arrecadatórias?

Esta é uma coluna de opinião e reflexão

Contato- [email protected]

Imagem- Rádio Peão Brasil

 

Inscreva-se gratuitamente na Newsletter do Acre-In-Foco Notícias do Acre

Não perca nenhuma notícia do Acre! Inscreva-se na newsletter do Acre In Foco

Veja também

Racismo estrutural: judiciário majoritariamente burguês e branco sempre criminalizará os negros, ainda que eles sejam as vítimas

Carla Zambelli, o judiciário racista e a Justiça à espanhola Entristecido, mas não surpreso, recebi …