A França, a Austrália, Nova Zelândia, a China e a Rússia estão entre países que já restringiram o funcionamento da plataforma de vídeos, segundo um documento emitido pelo CEO da empresa, Chris Pavlovski, no dia 7 de maio de 2024.
A plataforma foi investigada até mesmo dentro dos Estados Unidos, em uma ação movida pelo judiciário do Texas. O governador do estado tem um caráter inquestionavelmente reacionário e é ligado ao partido Republicano, o mesmo de Donald Trump.
França x Rússia
Na França, a polêmica com o Rumble ocorreu depois que o Estado francês exigiu que a plataforma restringisse notícias dos portais russos Russia Today e Sputnik no contexto da guerra da Ucrânia. O CEO da empresa decidiu encerrar todas as atividades da plataforma no país europeu em resposta à exigência francesa.
O próprio Estados Unidos (EUA), que agora acusa os outros países de censura por banir o Rumble, restringiu a disseminação de notícias do Russia Today e de outros veículos russos no país.
O YouTube disse que removeu mais de 230 canais com conexões a “mídias apoiadas pela rússia”.
Na época, o então secretário de Estado do EUA, Antony Blinken, usou o argumento de “soberania nacional” para defender a restrição. “Esses meios de comunicação apoiados pelo Kremlin não estão apenas desempenhando esse papel de influência secreta para minar a democracia nos Estados Unidos, mas também para se intrometer nos assuntos soberanos de países em todo o mundo”.
Rússia e China banem Rumble
N Rússia a plataforma foi banida no país em maio de 2024, segundo informações confirmadas pelo próprio CEO da empresa.
Vídeos de tiroteios em massa na Austrália e Nova Zelândia
O documento também diz que “no mês passado, recebemos solicitações da Nova Zelândia e da Austrália para censurar conteúdo politicamente impopular.” Nova Zelândia e a Austrália exigiram que o Rumble restringisse conteúdos do portal, como o vídeo de um tiroteio em massa na igreja de Christchurch, na Nova Zelândia, e a filmagem de um homem que atacou um bispo de uma igreja em Sidney, capital da Austrália.
O Rumble, além de sediar os vídeos, servia de fonte de disseminação para outras redes sociais: uma investigação do jornal New York Times encontrou evidências de que, depois que o Facebook e outras redes baniram os vídeos do tiroteio em massa, internautas usaram links do Rumble para burlar as restrições e continuar a disseminar a filmagem.
Informações falsas sobre a eficácia de vacinas contra a Covid-19 também entraram no rol de conteúdos a serem excluídos.
Rumble sob investigação no Texas
A plataforma de vídeos trumpista também foi investigada no próprio EUA, pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton.