A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11), a operação Kinder para reprimir o tráfico internacional de pessoa para adoção ilegal. As investigações começaram no dia 24 de agosto de 2020, a partir da denúncia de tráfico de uma recém-nascida, na zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, indicaram “associação de esforços entre os participantes do esquema criminoso para viabilizar o registro ideologicamente falso de criança recém-nascida, de forma a constar como pai biológico um cidadão angolano, com cidadania portuguesa mas residente na Alemanha”. A PF informou que também foi possível comprovar que a criança deixou o Brasil no dia 11 de fevereiro, quando foi levada para a Alemanha. Correio Braziliense
A ONU registrou 50 mil casos de crianças traficadas, mas a estimativa é que o número real seja muito superior. Os casos estão no Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas que aponta para o aumento desse tipo de crime nos últimos anos. A proporção de meninos aumentou cinco vezes. Este grupo é o mais usado para trabalhos forçados. As meninas são mais traficadas para exploração sexual, mas as crianças também são usadas para a remoção de órgãos e um percentual expressivo é obrigada a mendigar.
As vítimas preferenciais continuam sendo as meninas. Mas o tráfico humanos atinge também meninos e adultos de ambos os sexos. Adolescentes e adultos são atraídos por promessas de empregos. A abordagem tanto é feita ao vivo como pelas redes sociais e atinge em geral a população mais vulnerável econômicamente. 38% das vítimas adultas são encaminhados para trabalhos forçados.
O estudo alerta que a Covid-19 agravou a tendência geral de piora no tráfico de pessoas. O receio é que a recessão causada pela pandemia exponha ainda mais pessoas ao risco de tráfico. Milhões de mulheres, crianças e homens em todo o mundo que estão sem trabalho, fora da escola e sem apoio social, são vítimas em potencial.
Foto-Observatório do Terceiro Setor
Leia Aqui