Segundo informações de familiares dos marceneiros presos, a Polícia Federal e o Ibama chegaram por volta do meio dia desta quarta-feira (18). Mandaram todos os trabalhadores saírem dos galpões e iniciaram a busca pelos documentos da madeira que estava sendo utilizada. Notificaram os marceneiros e apreenderam a madeira. A suspeita é que a madeira comprada seja de reservas extrativistas.
Os cerca de 10 marceneiros foram presos, segundo a espôsa de um deles, acusados de crime gravíssimo. Todos deverão passar a noite na prisão. Além disso cada deverá pagar uma multa de R$ 4 mil e quem puder vai tentar pagar fiança.
“Chegaram armados como quem vai desativar uma refinaria de drogas”, informou o familiar de um marceneiro preso.
Segundo eles, todas as marcenarias da região trabalham com madeira sem documento porque quando os marceneiros foram transferidos para o Polo a promessa que nunca se concretizou era montar uma serraria no local e criar uma área de manejo.
Posteriormente, teria sido feita uma exigência à Fábrica de Tacos para que fornecesse madeira de manejo para os Polos, mas a fábrica de tacos teria optado pela exportação de madeira que é mais rentável. Sem opção, os marceneiros passaram a comprar madeira sem documentação.
Em junho deste ano, uma equipe do governo do estado esteve no Polo de Brasiléia, com representantes do Imac e Federação das Indústrias com o objetivo de “resolver os problemas herdados de gestões anteriores”, como licença ambiental e o documento de cessão dos Polos.
Os familiares dos marceneiros presos dizem estar de mãos atadas e não saber a quem recorrer. Eles temem que o grupo seja enviado para o presídio.
O Polo de Brasiléia fica localizado no Km 8 da BR 317, sentido Assis Brasil.
Foto-Global For