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A assessora jurídica da Coordenação do Movimento de Mulheres, Angela Ferreira, gravou um vídeo acusando outra integrante do PP de ameaças e imputando a ela a responsabilidade por qualquer coisa que venha a lhe acontecer.
Veja o vídeo
“Gravei este vídeo porque estava muito nervosa. Ela disse coisas horríveis para mim e para minha filha. Me senti constrangida. Tenho problemas de saúde, inclusive de locomoção. Por causa dessa fragilidade fiquei morrendo de medo, mas não quero entrar em detalhes sobre as ameaças. Vou entrar com uma queixa-crime”, explica Angela.
O vídeo postado no grupo de Whatsapp do Movimento de Mulheres Progressistas expõe mais um round da guerra interna que vem sendo travada no PP e que tem na origem a intenção do governador Gladson Cameli presidir o partido em substituição à senadora Mailza Gomes.
No domingo (19), um grupo de mulheres se reuniu na sede do Progressistas para declarar apoio às intenções do governador, tanto a de presidir o partido durante o período de campanha eleitoral, quanto a tentar a reeleição. Elas assinaram uma nota de apoio ao governador. No início de junho Gladson foi pessoalmente ao gabinete de Mailza em Brasília tentar um acordo- ela se afastaria da presidência para ele assumir por três meses em troca do apoio dele à candidatura dela à reeleição. Veja Aqui
Entretanto, a presidenta do Progressistas Mulher, Francinete Barros, disse que não foi comunicada sobre ato pró-Gladson e que as mulheres que participaram do evento são majoritariamente componentes de cargos comissionados do Estado.
Francinete apoiaria a permanência de Mailza na presidência do PP e foi excluída do grupo do Movimento de Mulheres do PP no whatsapp por postar críticas ao governador Gladson Cameli: “pedi que ela parasse de postar coisas contra o governador. Ela não atendeu e eu a excluí”, disse Ângela.
A militante que teria ameaçado Angela Ferreira, defende a vigência da Executiva Regional do Movimento de Mulheres Progresistas, cuja presidente apoiaria a recondução da senadora Mailza à presidência do partido.
Uma resolução assinada pela senadora Mailza Gomes estendeu o mandato da Coordenação do Movimento de Mulheres até dezembro de 2022. Entretanto o grupo pró-Gladson não reconhece a validade da decisão porque de acordo com elas, a gestão de Mailza na presidência do partido encerrou. Como o Movimento de Mulheres faz parte da Executiva Regional, a senadora não poderia ter estendido o mandato da Coordenação, uma vez que, no entendimento do grupo, o partido está sem presidente: “como as pernas poderiam andar sem a cabeça?”, esclarece Angela.
Foram induzidas pelos homens para neutralizar a senadora Mailza
Francinete Barros por sua vez explica que o Movimento de Mulheres tem uma legislação bem clara o que garante sua permanência no cargo apesar do mandato de Mailza como presidente do PP ter expirado: “O meu mandato como presidente do Movimento de Mulheres Progressistas só perde a validade quando a presidência da Executiva Regional nomear a coordenação substituta”, esclarece.
Segundo ela algumas atitudes tomadas pelo outro grupo deixaram as Progressistas Raiz muito chateadas. “O movimento do último domingo, só tinha 6 mulheres filiadas e várias não filiadas. Elas foram induzidas pelos homens para neutralizar a senadora Mailza e algumas ações do partido. A Toinha é uma Progressista antiga, ela é muito direta, é assessora direta do governador mas briga até com ele. Só que não vai além de discussão. Sinceramente espero que tudo se resolva em breve e que o Progressistas siga trabalhando. A Mailza faz um bom trabalho, tá na luta para garantir a reeleição dos deputados estaduais e temos a chance de fazer dois federais. Espero que isso passe logo e consigamos fortalecer o partido”, disse Francinete.
