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Coluna da Angélica- Mazinho entra na briga por cargo majoritário
Coluna da Angélica- Mazinho entra na briga por cargo majoritário

Coluna da Angélica- Mazinho entra na briga por cargo majoritário

1- Bom de briga
O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (União), decidiu entrar na disputa majoritária. E se ele decidiu, ninguém vai demove-lo. A história de Mazinho mostra isso. A única indecisão é qual cargo disputará. Mazinho tanto pode disputar o governo como sair para o Senado. Arrisco acrescentar um partido entre as indefinições de Mazinho. A permanência no União Brasil que já está loteado 4 anos antes da eleição vai ficar difícil. O senador Alan Rick é apontado como o candidato natural do União ao governo do estado e para o senado, Márcio Bittar não deve abrir mão de tentar a reeleição embora com chances reduzidas. Na verdade a única adversária real do prefeito de Sena Madureira é a hipertensão. O resto ele tratora. Já provou que é bom de briga. Foi deputado estadual, é prefeito no segundo mandato, elegeu a esposa deputada estadual e na eleição seguinte a elegeu deputada federal. Meire Serafim (União) foi a segunda mais votada da bancada. Mazinho na disputa certamente vai apimentar a campanha.
2-Ligações
Eduardo Bolsonaro (PL), se enrolou e complicou o pai Jair (PL). As novas revelações evidenciam a relação direta da família do ex-presidente e os atos golpistas.  A descoberta recente mostra que Eduardo é sócio de empresário que apoiou os atos golpistas. Um prato cheio para a CPMI dos atos terroristas que pode abrir caminho para o pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. A empresa em sociedade com o Digital Influencer Paulo Generoso foi aberta no Texas, em 18 de março deste ano, período em que o ex-presidente Bolsonaro estava nos EUA. Generoso é apontado como um dos mais ativos compartilhador de notícias falsas e como apoiador dos atos golpistas de 8 de janeiro. Completa a sociedade, o ex-secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura no governo Bolsonaro, André Porciúncula. 
3-…perigosas
O deputado Eduardo Bolsonaro também é apontado como proprietário de uma empresa de cursos e marketing. A “Eduardo Bolsonaro Cursos Ltda”, foi fundada em 18 de abril de 2022. Um dos professores do curso “Formação essencial em política” do Bolsonaro Cursos, é  André Porciúncula,  sócio de Eduardo na Braz Global Holding LLC. Completam o time de professores, os deputados do PL, Nikolas Ferreira;  Bia Kicis (investigada no inquérito das fake news do STF);  Ricardo Salles e a senadora Damares Alves (Republicanos). No local onde funciona a empresa de Eduardo fica a sede da empresa “Camisetas Opressoras”, que aparece nos documentos oficiais como sendo de propriedade da esposa de Wilker Delkerson Amaral. Ex-assessor de Eduardo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Wilker  aparece como proprietário do site Camisetas Opressoras.  A loja vende online, camisetas,  canecas e adesivos com o slogan golpista “Brazil was stolen” (“O Brasil foi roubado”), usado pelos golpistas  na tentativa de obter apoio internacional à ideia que as eleições brasileiras foram fraudadas.  A Eduardo Bolsonaro Cursos Ltda também  vende canecas, cadernos e calendários, que alimentam as ideias políticas do grupo. As vendas são feitas desde fevereiro pelo site “Bolsonaro Store”.  A investigação foi realizada pela Agência Pública,  UOL e o Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (CLIP).
4-Desculpa esfarrapada
O senador Márcio Bittar (União) que em pronunciamento no Senado criticou duramente o Fundo Eleitoral,  usou mais de três milhões de reais na eleição de 2022. Ao ser questionado pelo jornalista Luciano Tavares sobre essa incoerência disse que “se fosse jogador teria que aceitar a regra”. Seria mais honesto parafrasear o ex-presidente da República Jânio Quadros e dizer “fi-lo porque qui-lo”. Se era contra, Bittar poderia ter devolvido o dinheiro. Encher os bolsos e depois criticar não pega bem. Ninguém é ingênuo a ponto de pensar que alguém é obrigado a receber. Mesmo que tivesse sido depositado na conta do senador, ele poderia ter devolvido. Não o fez. Duvido muito que na próxima eleição abra mão da verba do fundo que critica. Sorry, senador, mas a hora é a do velho ditado ” suas ações soam tão alto aos meus ouvidos que não consigo ouvir o que Vossa Excelência diz”. Márcio Bittar aproveitou o espaço para afirmar que o PL de Jair Bolsonaro vai receber 1 bilhão de reais na próxima eleição. Realmente, muito dinheiro para garantir a lacração de políticos nas redes sociais. Enquanto o Brasil necessita de incentivo ao emprego, casas populares e saneamento básico…triste.
5- Desastrada
A deputada Carla Zambelli (PL) convocou seus apoiadores a participarem de uma manifestação de apoio ao ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos), marcada para 4 de junho. O paranaense teve o mandato cassado pelo TSE em 16 de maio. A decisão foi mantida pelo STF. Tudo o que o ex-presidente Jair Bolsonaro não precisa nesse momento é atrito com essas duas instituições. Aí vem a desastrada da Zambelli tomar a iniciativa de convocar para a manifestação organizada pelo MBL- Movimento Brasil Livre. Bolsonaro desautorizou Carla Zambelli que foi acusada de traidora pelos apoiadores de Bolsonaro. Resumo- a deputada teve que ir às redes sociais desconvidar. “Bolsonaro pediu para não fazer a manifestação… Estão me chamando de traidora, mas sei que não sou. Se ele (Bolsonaro) falou para não ir, não vamos”, disse ela. O assunto rendeu nas redes sociais. Dallagnol não consegue reunir povo em defesa dele. A carreata dele em Curitiba, sua cidade natal contou com apenas três carros. Internautas avaliam que Bolsonaro não quer “seu povo” em manifestação fracassada. O advogado do ex-presidente taxou a manifestação pró- Dallagnol de oportunista. Em tempo- Foi o MBL que apelidou de “gado” os apoiadores de Bolsonaro.
6-Carimbo
Depois de ser desmentido pelo senador Sérgio Petecão (PSD), o também senador do Acre, Alan Rick (União), ficou sendo observado com lente de aumento por seus opositores. Tudo começou com a matéria promocional afirmando que Alan foi o único senador do Acre a votar a favor do reajuste anual do piso nacional da enfermagem. Petecão lembrou que Alan é recém chegado ao Senado e a luta era anterior à posse de Alan Rick. A partir dessa desavença,  ex-parlamentares, passaram a criticar nos bastidores, a atuação de Alan Rick. Acusam-no de autopromoção com recursos de emendas de ex-parlamentares, como se fossem seus. Dentre elas, uma matéria intitulada  “Ministro das Comunicações elogia Alan Rick  pela destinação de recursos para melhoria da internet no Acre”, na qual ele afirma que articulou a destinação de 5,4 milhões para internet em instituições de ensino, escolas, hospitais e etc. De acordo com ex-parlamentares federais o valor foi resultado de uma emenda conjunta de 7 parlamentares: Vanda Milani, Jéssica Sales, Jesus Sérgio, Leo de Brito e dos senadores Sérgio Petecão e Mailza Assis e Alan Rick. Muito ruim para um parlamentar receber um carimbo desses.
7-Regulação

É preciso regular o conteúdo disponibilizado na internet, sim. Além dos vários casos de crianças e adolescentes que cometem suicídio e crimes em desafios de jogos disponíveis na rede, nos deparamos nesta semana com a descoberta de um jogo que estava disponível na play store do Google que incentivava o racismo. No jogo o participante  simulava ser um proprietário de escravos e tinha que castigar escravos. Os castigos eram incentivados a ser mais violentos pelos demais participantes. A ideia era que pessoas negras podiam ser castigadas, apesar de haver duas propostas- em uma delas a proposta era fazer lucro impedindo fugas e rebeliões. Na segunda, lutar pela liberdade e chegar à abolição. O Brasil é o país com a maior população negra fora da África.  54% da população brasileira se reconhece como negra, o equivalente a 212,7 milhões pessoas. Mas se formos analisar direitinho, poderemos concluir que 99% da população brasileira tem sangue negro correndo em suas veias. Se o racismo é inaceitável em qualquer lugar, no Brasil é uma luta contra si mesmo. O jogo só foi retirado após a reação se tornar pública.

8- Grave
Muito grave essa denúncia de um esquema de cobrança para o agendamento para a emissão de carteiras de identidade na OCA. A Central foi criada para oferecer serviços gratuitos. Atender principalmente a população de baixa renda. O governo do Estado precisa tomar uma atitude rápida. Investigar e punir culpados, se confirmada.
Bom dia, governador Gladson Cameli (PP). O que mesmo Vossa Excelência trouxe da feira Rondônia Rural Show além de um chapéu novo? Conta pra mim, vai.
Esta é uma coluna de opinião

 

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