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Coluna da Angélica- Consequências imediatas da Operação Ptolomeu (atualizada)

1-Pedidos

O governador Gladson Cameli (PP) pediu para voltar a falar com o pai e com o irmão. A Polícia Federal pediu a extensão das proibições por mais 180 dias. O STJ ainda não decidiu a quem atende. A Operação Ptolomeu se arrasta desde o final de 2021. Se efetivamente as ações apontadas nos relatórios da PF sangraram o Acre em cerca de 1 bilhão de reais, a demora na decisão do STJ vem sangrando o governador do Estado e sua família. Parece que vão sangrar até o último centavo. Assemelha-se ao caso do trapezista que ao se achar o maioral, chega a acreditar que sabe voar. E cai.

2-…e consequências

Membros da cúpula do governo têm como certa a prorrogação das cautelares que impedem dentre outras coisas a aproximação de Gladson com o pai e o irmão. Em cima disso, também é dada como certa a exoneração de todos os envolvidos que estão há meses recebendo sem trabalhar. Manter secretários e diretores recebendo salários pode soar como um cala-boca, tudo o que o governador não pode arriscar nesse momento delicado. A dúvida entre membros do governo é se os familiares dos afastados pela justiça que também estão empregados administração estadual também serão exonerados. Um dos que estão com o nome na agulha teria dito que não tem comprovar seu patrimônio mas que tem como provar tudo o que disser.

3- Climão

Fontes do Palácio garantem que o clima no governo é de desespero. A possibilidade de exoneração desuniu os outrora “gêmeos siameses”. Por outro lado, a cúpula avalia que o governador Gladson Cameli nunca esteve numa situação tão difícil quanto a atual. Precisa exonerar os afastados pela Justiça sob pena de ser ainda mais responsabilizado e não pode faze-lo porque isso deve despertar a ira deles. Na hora da fritura cada um quer salvar a própria pele. Parece que o governador está num labirinto. Encontrar a saída poderá implicar em perdas. Aguardemos.

4-Estranho

Não entendi o enredo desse samba. O deputado Pablo Bregense (PSD) apresentou um Projeto de Lei para instituir a cavalgada de abertura da Expoacre, como um bem de natureza material do Estado. O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que é quem responde pela preservação do patrimônio cultural no Brasil, lista como bens de natureza material, imóveis como os cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens  individuais como móveis, coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. A cavalgada não se enquadra em nenhum desses itens. Pelo contrário. É uma prática que não tem nada a ver com a história do Acre. As cavalgadas surgiram no Sul do Brasil, lá pelo século XVI com os tropeiros. Foram incorporadas às feiras agropecuárias do Brasil, que se misturam com a tradição rural norte-americana. Chegaram ao Acre na década de 1970 com o governador Wanderley Dantas (1971/1975). Não entendo qual a relevância desse projeto com tanta coisa a resolver no estado que mereceriam a atenção dos representantes do povo.

5-Prioridades

O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União tiveram que ameaçar o governo com multa diária para o restabelecimento do TFD nos casos de urgência e emergência. Segundo a apuração do MPF a suspensão do atendimento do TFD nos finais de semana e feriados  resultou em óbitos, inclusive de crianças, por falta de atendimento adequado. E assim levamos. Entre vidas perdidas e loas à cavalgada.

6-Referencial Histórico

Ficou difícil encontrar informações sobre a Feira Agropecuária do Acre depois que o referencial histórico foi perdido com a mudança do nome para Expoacre. O que aconteceu no primeiro ano do governo Jorge Viana (PT). Antes disso, o nome da feira era acompanhado pelo número da edição. Salvo engano parou de contar por volta da 25a/27a edição. Talvez estivéssemos atualmente pela 47ª… É complicado mudar a história.

7- Referência

Em 2017, o deputado Gildevan Fernandes (MDB) do Espírito Santo também apresentou um projeto para transformar as cavalgadas e todos os eventos relacionados a ela no estado dele, em patrimônio histórico e cultural. Pensando nisso, o deputado Gildevan Fernandes (PMDB) protocolou o Projeto de Lei (PL) 380/2017 que pretende transformar as cavalgadas e todos os eventos relacionados a ela em manifestação cultural. Talvez o projeto tenha embasado a intenção de Pablo Bregense. Para o parlamentar acreano a festa é uma das mais importantes do Estado. Visa  o crescimento industrial, econômico e o fechamento de negócios durante sua realização. Até se entende o argumento, mas não a intenção de meter a cavalgada no Iphan.

8-Fugir do paroquial

Robert Kennedy Jr. pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Democratas, vem criticando sistematicamente a postura de seu país na guerra da Ucrânia. O filho do ex-senador Robert Kennedy e sobrinho do presidente John Kennedy, admitiu que os Estados Unidos possuem laboratórios biológicos na Ucrânia  e estão desenvolvendo  armas etnobiológicas. Ou armas biológicas étnicas voltadas para matar apenas  pessoas de certas raças. Segundo ele essa arma biológica está  pronta para ser lançada. Kennedy Jr também defende uma solução rápida dos conflitos dos Estados Unidos com a Rússia e a China. Segundo ele é loucura  entrar em conflito com país que tem tantas armas nucleares quanto os EUA, disse referindo-se à Rússia.

Bom dia, vice-governadora Mailza Assis. A frase Deus salve a rainha poderia ser substituída por “God save the people”, né? 


Esta é uma coluna de opinião

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