O requerimento para a realização da sessão solene é de autoria do deputado Pedro Longo (PDT).
O deputado destacou o fato da capoeira ser um patrimônio imaterial, reconhecido tanto pela Unesco e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), como uma riqueza cultural do Brasil. De raiz africana, a capoeira é fruto da miscigenação humana e cultural reconhecida internacionalmente que segundo o parlamentar precisa ser valorizada também no Acre.
“A sessão solene representa uma oportunidade única de reconhecer e celebrar essa expressão cultural tão significativa para o estado do Acre”, enfatizou.
Símbolo de combate e resistência, a capoeira faz parte da identidade cultural brasileira, sendo reconhecida mundialmente como a prática que une o esporte e a arte. Mistura esporte, luta, filosofia, dança e musicalidade É a música que conduz o ritmo dos jogadores.
A capoeira surgiu como resposta a violência a qual os escravizados eram submetidos em tempos coloniais e imperiais no Brasil. A partir de golpes e movimentos corporais ágeis, a luta permitia que eles se defendessem das brutais perseguições dos capitães do mato, cuja atribuição era capturar quem havia fugido.
Para não levantarem suspeitas – os senhores de engenho proibiam que praticassem qualquer tipo de esporte – os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais, camuflando seu verdadeiro significado. Após a abolição da escravatura, a prática continuou sendo vista como subversiva e apenas em 1937 deixou de ser considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro.
Acredita-se que a origem do nome capoeira tenha relação aos locais onde o esporte era praticado: em campos abertos e sem vegetação. Esta técnica era também uma forma de preservar a cultura de origem e desenvolver laços entre os praticantes.
Imagem- Lu Paternostro