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“Não venham aqui dizer que não existem provas, porque elas estão detalhadas”, diz Edvaldo Magalhães ao comentar pedido de afastamento de Gladson

 

Em discurso na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (5), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) comentou a respeito da decisão da Procuradoria Geral da República (PGR) em denunciar o governador Gladson Cameli (PP) e mais 12 pessoas pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Os crimes foram investigados no âmbito da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2021.

De acordo com a denúncia, assinada pelo sub-procurador-geral da República Carlos Frederico Santos, as práticas ilícitas teriam causado um rombo de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. Além de pedir o afastamento de Gladson Cameli até o fim da instrução criminal, Santos pediu a condenação de forma proporcional à participação individual no esquema criminoso.

Diante disso, Edvaldo Magalhães disse que as provas existem e foram minuciosamente detalhadas pela Polícia Federal e confirmadas pela Procuradoria Geral da República. “Não venham aqui dizer que não existem provas, porque elas estão detalhadas”, disse o parlamentar ao acrescentar: “o que se faz questão de esconder é que no primeiro contrato do primeiro ano do governador foi uma fraude, foi para fazer um esquema de corrupção e desvio de recursos. Está comprovado pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral. Está comprovado”, disse ao se referir à contratação da empresa Murano.

Edvaldo Magalhães reforçou que as práticas delituosas seguem neste novo governo de Gladson Cameli, impulsionadas pelas caronas. “O que se tenta esconder é que essa prática não terminou nem no segundo, nem no terceiro, nem no quarto ano, nem no primeiro ano do segundo mandato do governador. A prática corrupta das caronas permanece. É por isso que está se pedindo o seu afastamento. Mesmo com as denúncias não se parou de fazer as caronas. A última delas, denunciada por este parlamentar, a carona da Secretaria de Estado de Educação de mais de R$ 25 milhões. A impunidade levou a falta de cuidado. O sentimento de deixa para lá, fez com que todo mundo metesse a mão”, pontuou.

Em outro trecho de sua fala, o parlamentar afirmou que já há uma movimentação nos bastidores da política, uma guinada rumo ao gabinete da vice-governadora Mailza Assis (PP), que pode substituir Gladson a ministra Nancy Andrighi decida pelo afastamento.

“Há uma realidade que a política conhece, mas não será discutida. O governador está longe do estado, mas o seu governo entrou na espada de damas. O custo político do seu governo já se elevou. Quem não observa, mas esse plenário observa as movimentações de bastidores. As procuras, os afagos, o ‘oh, vice-governadora, quão bela és tu’. Não me fale que essa disputa não começou porque ela já se reflete neste plenário. É natural da disputa da política”, salientou.

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