A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um pedido que apela ao governo norte-americano uma investigação sobre o papel da Organização dos Estados Americano (OEA) durante o golpe de Estado na Bolívia que culminou na renúncia de Evo Morales, em 2019.
O pedido prevê que sejam analisadas se as reclamações da entidade sobre irregularidades eleitorais contribuíram para o golpe contra o ex-presidente e o aumento das violações de direitos humanos. Assim como, pretende buscar respostas às perguntas sobre as declarações e ações da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da OEA na Bolívia.
Ao jornal norte-americano The Nation, Schakowsky afirmou que, no dia seguinte às eleições de 2019, a OEA “ajudou a direcionar uma falsa narrativa de que o presidente em exercício, Evo Morales, e seu partido ‘fraudaram’ a eleição”.
De acordo com a parlamentar, esta narrativa contribuiu para a “polarização, um golpe militar e violenta repressão política na Bolívia, bem como a incerteza para o futuro da democracia”. “Essa investigação nos ajudaria a finalmente ver a responsabilidade e a transparência da OEA e garantir que ela cumpra sua missão de maneira independente e imparcial”, disse ao periódico.
ABI
Após ter vencido as eleições, Morales foi forçado a deixar seu cargo pela direção das Forças Armadas
Em novembro de 2019, após ter vencido as eleições, o presidente Evo Morales, do Movimento pelo Socialismo (MAS), foi forçado a deixar seu cargo pela direção das Forças Armadas, após pressões da organização e da cumplicidade da direita e de governos da região, como Brasil, Argentina, Chile e Peru.
Ocorreram violações e mortes nas cidades de Sacaba e Senkata onde 37 manifestantes foram mortos após uma repressão aos protestos contra o golpe por forças de segurança que haviam recebido garantias de imunidade da então autoproclamada presidente Jeanine Áñez.
Foto- Poder 360